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Comparativo Completo
Simulação de desempenho
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Como era de se esperar, o Celta saiu-se bem melhor na Simulação de Desempenho desenvolvida para o BCWS pelo consultor Iran Cartaxo. Com mais torque e potência em qualquer regime (compare as curvas acima, sendo as dele à esquerda), obteve vantagens expressivas em aceleração e retomada, além de velocidade máxima superior em 11 km/h.

Os números do Fiesta, similares aos dos carros de 1,0 litro de uma década atrás (quando os motores tinham 50 cv ou pouco mais, mas os carros eram bem mais leves), evidenciam a inadequação dessa cilindrada a modelos recentes como ele e o novo Corsa (leia editorial a respeito).
Poderia ser pior se o câmbio do Fiesta não fosse escalonado em função do desempenho. À máxima de 150 km/h o motor está apenas 250 rpm abaixo do regime de maior potência, enquanto o do Celta fica 450 rpm abaixo. Em contrapartida, ao viajar a 120 km/h no Ford têm-se de suportar 400 rpm a mais que no Chevrolet, o que influi negativamente no nível de ruído. Nesse aspecto, o ideal para ambos seria um câmbio 4+E, solução comum nos primeiros modelos 1,0.

O único ponto simulado a favor do Fiesta é o consumo. Mesmo com câmbio mais curto e maior peso, foi bem mais econômico em cidade e estrada.
   Celta Fiesta
Velocidade máxima 161 km/h 150 km/h
Regime à velocidade máxima (5a.) 5.350 rpm 5.500 rpm
Regime a 120 km/h (5a.) 4.000 rpm 4.400 rpm
Potência consumida a 120 km/h 34 cv 33 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 12,4 s 18,6 s
Aceleração de 0 a 400 metros 18,2 s 21,3 s
Aceleração de 0 a 1.000 metros 33,9 s 38,7 s
Retomada de 80 a 120 km/h em 5a. 15,7 s 26,5 s
Retomada de 60 a 100 km/h em 4a. 9,8 s 15,6 s
Consumo em cidade 9,8 km/l 11,9 km/l
Consumo em estrada 14,7 km/l 16,3 km/l
Os resultados de consumo não devem ser comparados aos publicados após agosto de 2004
Comentário técnico
> Como é usual em motores de pequena cilindrada, os dois conseguem boa relação r/l — 0,261 no Fiesta e 0,282 no Celta —, o que explica a ausência de vibrações mesmo em rotações mais altas. É importante saber diferenciá-las de ruídos, que estes carros apresentam em doses elevadas.

> O motor Zetec Rocam da Ford introduziu no Brasil o acionamento de válvulas por alavanca roletada, hoje utilizado por fabricantes como Volkswagen e Renault. Na época, em 1999, o Fiesta e o Ka foram elogiados por atingir potência típica de versões de 16 válvulas, 65 cv. Hoje, porém, há concorrentes de oito válvulas (Celta, Corsa, Fox) com 70 cv ou mais, o que indica a necessidade de a Ford se mexer.

> Embora a GM faça em seu material distribuído à
imprensa uma grande confusão com a expressão "barra de torção", que na verdade não é uma barra estabilizadora nem um eixo de torção (saiba mais), o fato é que o Celta 1,4 não possui estabilizadores.

E deveria ter o dianteiro, o que permitiria adotar molas de menor carga, portanto mais macias, sem prejuízo da estabilidade. O Fiesta ganhou estabilizador já ao ser nacionalizado na geração anterior, em 1996, e o mantém no modelo atual, o que responde em parte pelo rodar mais confortável.

> Outro elemento a beneficiar o modelo da Ford, sobretudo na absorção de irregularidades, é o subchassi, adotado ao mesmo tempo que o estabilizador. A GM só passou a sua utilização no novo Corsa, em 2002, permanecendo o sedã Classic e o Celta sem o recurso.

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