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Comparativo Completo

R$ 42 mil e três opções

Práticas, espaçosas e nacionais, três minivans
compactas enfrentam-se na mesma faixa de preço

Chevrolet Zafira 2,0 Citroën Xsara Picasso
Exclusive 2,0 16V
Renault Mégane
Scénic RXE 1,6 16V 
Texto e fotos: Fabrício Samahá

Desde que a Renault associou as virtudes de uma minivan -- como espaço e versatilidade -- ao porte de um automóvel médio-pequeno, com o lançamento europeu da Scénic em 1996, tudo mudou no mercado. Dos grandes fabricantes, os que ainda não possuem sua opção no segmento trabalham rápido para tê-la o quanto antes. No Brasil, onde o monovolume chegou em 1999, já há três outras opções: Chevrolet Zafira, Citroën Xsara Picasso e Kia Carens.

Clique para ampliar a imagem Estilo da Zafira é o mais convencional, lembrando muito o Astra de que deriva. A distância entre eixos 9 cm maior que a do automóvel permitiu a instalação de dois bancos adicionais no que seria o porta-malas

Se o orçamento permitir, sua escolha poderá incluir motores de até 140 cv (Scénic 2,0) e câmbio automático (Scénic ou Carens). Mas digamos que a verba estacione em R$ 42 mil: suas opções estão restritas à Zafira 2,0 de oito válvulas, às Scénics RT e RXE 1,6 e às Picassos, tanto GLX quanto Exclusive. E foram as três superiores entre estas opções que o BCWS escolheu para este comparativo. É possível requisitar vários opcionais para a Zafira -- mais barata, porém bem menos equipada -- de modo a assemelhá-la às concorrentes, sem ultrapassar o limite de preço.

Pioneira no segmento, a Scénic já tem cinco anos no mercado europeu e dois no nacional, tendo sido reestilizada em abril de acordo com o estilo da versão francesa. Das três, é a única que mantém a distância entre eixos (2,58 metros) do carro de que deriva, o Mégane. É também a mais compacta, com 4,16 metros de comprimento.

Formas muito arrojadas marcam a Picasso, mas nem todos aprovam. Com 2,76 metros entre eixos, é 22 cm maior nesta medida que o Xsara que lhe serve de base
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Baseada no Astra, a Zafira surgiu na Europa em 1999 com a inovação dos sete lugares, antes restritos a vans de maior porte. A exemplo da Picasso, que lá existe desde o ano passado, foi lançada aqui em abril último e possui entreeixos maior que o do sedã que lhe deu origem: 2,70 metros, contra 2,61 metros do Astra. A Citroën é ainda mais ampla nessa medida, com 2,76 metros, ante 2,54 metros do Xsara.

Minivans são costumam ser primorosas em desenho, mas os três fabricantes chegaram a um bom resultado nestes modelos. A Zafira é a mais tradicional, com predomínio de linhas retas e grande semelhança frontal com o Astra. As outras são bem mais arredondadas e a Picasso chega a chocar pela cabine bastante avançada, sendo a Scénic mais comedida neste aspecto.

Clique para ampliar a imagem Bem conhecida, a Scénic foi reestilizada este ano e perdeu a identidade com o Mégane, mas as dimensões de entreeixos e comprimento ainda são similares às do hatchback

O ponto fraco da Xsara são as colunas quase simétricas, que explicam o apelido de "guarda-chuva sobre rodas" ouvido durante a avaliação -- o mesmo dado ao lendário Citroën 2CV, mas naquele caso por ser um carro extremamente simples. Na Scénic os novos e grandes faróis (que a própria marca associou aos olhos de um extraterrestre em sua apresentação à imprensa) dividem opiniões, por seu formato retilíneo que destoa do restante da carroceria.

Curiosamente, as três apareceram bem antes do lançamento como carros-conceito: a Picasso no Salão de Paris em 1998, a Zafira no de Frankfurt em 1997 e a Scénic, ainda que bem diferente no estilo, já em 1992 em Paris.
Continua

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