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Comparativo Completo

Um desafio para o novo Corsa

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Sedan de 1,0 litro, com embreagem automática,
enfrenta o mais vendido dos concorrentes

Chevrolet Corsa Sedan 1,0 Fiat Siena ELX 1,0 16V
Texto e fotos: Fabrício Samahá

Embora detivesse a liderança no segmento de pequenos sedãs três-volumes, a GM preferiu não perder tempo: junto do novo -- e aguardado -- Corsa hatch apresentou o remodelado Sedan, em março. Na versão de 1,0 litro, a mais vendida, o carro enfrenta concorrência do recém-chegado Fiesta Sedan Street, do Clio Sedan e do Siena, os dois últimos com motores de 16 válvulas. E foi o Fiat, mais vendido entre os três, o escolhido para enfrentar o novo Corsa neste primeiro comparativo.

O Siena oferece também uma versão (Fire) de oito válvulas e 55 cv, mas a análise de preço e potência -- dois elementos que o BCWS coloca em prioridade sobre o número de válvulas -- aponta para o ELX 16V, de 70 cv, como concorrente direto do Corsa 1,0, em versão única de oito válvulas e 71 cv. O Fiat custa um pouco mais (R$ 22.811 sem opcionais, contra R$ 20.995 do Chevrolet), mas traz alguns equipamentos de série que são cobrados à parte no oponente, como veremos adiante.

Clique para ampliar a imagem Desenho harmonioso e moderno, motor 1,0 de 71 cv e a exclusiva opção de embreagem automática são argumentos do novo Corsa Sedan, oferecido em versão única de acabamento

Concepção e estilo   Lançado na Europa em 2000 como hatchback, o novo Corsa representa a terceira geração do modelo na Europa (a primeira surgiu em 1982, a segunda em 1993), apesar de no Brasil só ter havido uma antes. Como na linha anterior, coube à GM brasileira desenvolver a traseira do três-volumes, que não existe no mercado internacional. O mesmo vale para o desenho frontal, que no europeu é diferente. Aqui, optou-se pela semelhança -- talvez excessiva -- com o Astra.

A origem do Siena é conhecida: é uma derivação do Palio, um Fiat concebido para países ditos emergentes, vendido em mercados europeus como opção inferior a seu "primo rico", o Punto. O projeto original do hatchback, de 1996, veio do estúdio italiano I.DE.A., mas foi a reestilização promovida por Giugiaro, no modelo 2001, que trouxe elegância ao Siena, praticamente fazendo-o renascer.

O Siena ficou bem melhor com a reestilização do modelo 2001. A eficiência do motor Fire 16V, de 70 cv, é um ponto alto aliado ao amplo porta-malas
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Lado a lado, o Corsa agrada mais. A GMB fez mais um grande trabalho na adição do porta-malas saliente, obtendo linhas fluidas e equilibradas, em harmonia ao novo desenho da frente. As formas angulosas seguem o padrão atual da Opel -- subsidiária alemã da empresa -- e a traseira lembra bastante a do novo Vectra alemão, com a placa agora montada no pára-choque, em vez de na tampa. Discutível apenas a seção central do capô, bem mais elevada que as laterais, o que confere um ar estranho conforme o ângulo em que é vista.

O Siena evoluiu muito, mas com restrições. A distância entre eixos modesta para seu porte (apenas 2,36 metros, contra 2,49 do Corsa), combinada a rodas muito pequenas nas versões 1,0 (pneus 165/70-13), cria a impressão de uma traseira ainda mais volumosa do que é realmente. A Fiat deveria ter adotado, desde o início, o entreeixos de 2,42 metros da perua Weekend, além de rodas de 14 pol como padrão -- as versões de 1,25 e 1,6 litro utilizam pneus 175/70-14, que melhoram bem a aparência.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 2/4/02

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