> Como ocorre em todo
motor de 4 cilindros e baixa cilindrada, ambos oferecem
funcionamento suave, em vista da baixa relação
r/l. É de 0,24 no Celta e apenas 0,21 no Palio, que tem
menor curso dos pistões, sendo 0,30 considerado o limite
aceitável em um motor atual. |
> Por falar em curso
dos pistões, só ele se altera entre as versões de 1.000,
1.050, 1.300 e 1.500 cm3 que a Fiat já desenvolveu do motor
do Young. O diâmetro dos cilindros, 76 mm, é o mesmo para as
quatro versões, o que resulta em diferentes comportamentos --
o 1.500, que chegou a equipar o Palio, oferecia bom torque em
baixos regimes, mas não "gostava de girar". |
> O Celta adota molas
dianteiras com carga lateral, descentradas em relação aos
amortecedores -- ao contrário do Corsa, de que deriva. A
solução diminui o atrito da haste dos amortecedores com os
respectivos mancais, aumentando a durabilidade. Houve também
redução de atrito em outros componentes de direção,
deixando seu volante bem mais leve que o do Corsa. |
> Vantagem do Palio é
adotar subchassi na suspensão
dianteira, que absorve melhor os impactos e vibrações do
piso. A GM não o utiliza no Celta e no atual Corsa, mas o
fará na nova geração deste, que chega ao Brasil entre este
ano e o início de 2002. |
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Há
quase um empate em velocidade máxima (151 km/h Celta, 152 Palio), mas
o GM acelera de 0 a 100 km/h em menos tempo: 15,5 s contra 16,3 s -- o
menor peso contribui. As relações de marcha do Young são todas mais
curtas, o que aumenta o desconforto do alto nível de ruído.
Em consumo, apesar dos números próximos em cidade (quase 13 km/l), o Celta revela mais economia
em estrada, com 18 km/l ante 17, dados do fabricante. Também
"bebe" menos no uso prático, vantagem confirmada pelas muitas queixas de proprietários de Palio 1,0 ao consumo
(saiba mais). Seria ainda melhor se as fábricas adotassem quinta marcha longa, com efeito sobremarcha
(saiba mais), mas experiências anteriores mostraram que o comprador médio prefere retomadas mais ágeis, mesmo às custas de maior ruído e consumo.
O comando de câmbio é correto nos dois, mas o Palio -- ao contrário
do Celta -- não precisa do anel-trava para engate da ré, que ambos
possuem. O Young é hoje o único (seria o último?) Palio com opção de embreagem automática, pois a baixa demanda ainda não justifica,
segundo a Fiat, seu desenvolvimento para os novos motores Fire. Uma pena.
No
Palio todo o banco se bascula para acesso à parte traseira,
uma conveniência tradicional da Fiat, mas a alavanca desse
comando deveria ser bem mais leve |
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A Fiat oferece como opcional uma direção assistida leve e rápida, em oposição à lenta (exige muito movimento no volante) e sem assistência da GM. Mas a do Celta é menos pesada que a do Corsa, devido a alterações na suspensão dianteira
(leia ao lado). Os dois possuem freios eficientes, com opção de sistema antitravamento (ABS) apenas no Palio.
Apesar dos estreitos pneus 145/80 - 13, estabilidade não é problema para estes carros, para o que contribui a calibragem firme da suspensão. O contraponto é a perda de conforto, sensível no Celta, em relação ao Corsa com ar-condicionado
(leia também ao lado), e no Palio em comparação à nova linha. Ainda quanto à segurança, só o Fiat oferece bolsas infláveis, para motorista e passageiro. Seus faróis altos mantêm quatro fachos acesos, pois os refletores são
duplos, mas o GM adota superfície
complexa e ganha eficiência no facho baixo. Continua
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