Overdrive: velocidade com menos rotações Antes
uma caixa, hoje apenas um conceito, o |
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Quem já
analisou modelos como o inglês Jensen Interceptor (leia história) já ouviu falar em overdrive (pronuncia-se
ôver-dráiv). Trata-se de uma pequena caixa suplementar
à caixa manual, do tipo utilizado nos carros de motor
dianteiro e tração traseira, destinada a multiplicar a
rotação de saída da caixa. Como nessas caixas
geralmente a última marcha é uma tomada direta da árvore
primária do câmbio, vieram os nomes overdrive
e prise direta. |
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O sofisticado Jensen Interceptor dos anos 60 utilizava uma caixa adicional, o overdrive, de uso recomendado em estradas. No alto, o corte de um câmbio de cinco marchas para motor transversal e tração dianteira |
Já prise direta é a forma aportuguesada do francês prise directe, ou tomada direta (da força motriz). Durante décadas os carros tinham a última marcha como tomada direta, sendo comum o proprietário gabar-se de que seu carro era capaz de subir determinada serra em prise. A caixa overdrive A caixa overdrive
mais comum era de engrenagem epicicloidal, do mesmo tipo
usado amplamente nas transmissões automáticas até hoje.
A engrenagem epicicloidal compõe-se basicamente de uma
coroa com dentes internos e uma engrenagem solar no
centro, que transmite movimento para a coroa por meio de
três engrenagens planetárias. |
A caixa suplementar desapareceu, mas não seu conceito: em modelos como o Ford Ranger, lê-se "D" (de drive) em vez de "5" na alavanca de câmbio, indicando presença de sobremarcha |
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No tempo do carburador,
poupava-se um pouco de combustível usando roda-livre.
Hoje, com a injeção eletrônica presente em
praticamente todos os carros, essa vantagem desaparece,
pois na desaceleração com marcha engatada ocorre o
corte de combustível -- a conhecida "banguela"
não ajuda em nada hoje. Menos consumo e ruído Menor rotação em velocidades de estrada leva a menor ruído, portanto uma questão de conforto. É sempre agradável não se ter o motor "berrando" nessas situações. Mas a menor rotação ajuda a economizar combustível, pois o motor entra na condição de funcionar com acelerador mais aberto do que numa rotação mais alta, para velocidades (e potências) iguais (entenda por que se economiza com acelerador mais aberto). |
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O overdrive foi utilizado no Brasil como recurso de economia em câmbios de quatro marchas: no câmbio longo do Passat '83 e no Ômega oferecido no Opala '76, a quarta era bastante longa, sendo a velocidade máxima atingida em terceira |
Hoje, a caixa overdrive
não existe mais, mas seu conceito sim. No início dos
anos 80, logo após a segunda crise do petróleo, muitos
fabricantes, como a Volkswagen na Alemanha e no Brasil,
lançaram os câmbios "3+E" e "4+E",
de três e quatro marchas para desempenho e uma para
economia, que não demoraram a serem usados por outros
fabricantes europeus importantes e até nacionais.
Existiu inclusive no Chevrolet Opala, denominado câmbio
Ômega, em 1976 (não confundir com o modelo lançado em
1992). |
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