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Comparativo Completo
Conforto e conveniência

O comprador de carros dessa faixa deve estar ciente do que vai encontrar por dentro: materiais mais baratos, acabamento menos esmerado e poucos itens de conveniência. Mesmo assim, ambos mostram claro progresso em relação aos 1.000 de uma década atrás, que deixavam de fora itens de segurança importantes como encostos de cabeça (hoje de série também no banco traseiro) e retrovisor dia/noite.

Painel e volante do Celta têm aparência muito pobre, mas existem relógio e hodômetro parcial, integrados ao mesmo módulo do marcador de combustível digital

Similares em espaço interno, os dois modelos apresentam revestimento aceitável dos bancos, mas no Palio as laterais, parte traseira e inferior são de curvim, que se esquenta muito ao sol -- cuidado com as pernas ao dirigir de bermuda. A Fiat poderia reduzir o excessivo apoio lombar, que incomoda em longos percursos, e adotar ajuste contínuo do encosto. Seu assento é mais alto, o que costuma agradar às mulheres, e os pedais mais centralizados que os do concorrente.

O Young adota painéis de porta com revestimento parcial em tecido (apenas plástico no Celta, muito pobre e fácil de ser riscado), mas expõe a chapa da carroceria na base das janelas e nas colunas centrais e traseiras, o que gera impressão muito negativa. Com três portas (só o Palio oferece versão de cinco), ambos trazem dificuldade de acesso ao banco traseiro: no GM o vão é algo estreito e no Fiat o mecanismo que rebate os bancos dianteiros é pesado e mal localizado, em sua base. Acioná-lo a partir do assento traseiro é muito difícil.

Embora de melhor aspecto, o Young deixa a desejar itens básicos como a marcação de centenas de metros no hodômetro e o ajuste lateral dos difusores de ar externos, o que incomoda

Os painéis são igualmente modestos, mas com diferenças. Da iluminação ao restante do painel, a aparência do Young agrada mais. O mostrador digital do Celta engloba marcador de combustível (poderiam ser oito barras em vez de sete, para facilitar a indicação de 1/4, 1/2, etc.), hodômetros totalizador e parcial e relógio. No Palio, o hodômetro é convencional (de fácil adulteração), não existe o parcial e nem sequer a indicação de centenas de metros, que faz falta ao procurar uma saída em avenida, por exemplo. No lado direito do Fiat há um ideograma de uso do cinto.

Para encontrar reduções de custos não se precisa procurar muito. O Young vem sem acendedor de cigarros, cinzeiro, porta-mapas nas portas e ajuste em altura dos cintos dianteiros; os traseiros não são retráteis, exigindo ajuste na fivela e ficando soltos quando fora de uso. No Celta a buzina é acionada pela alavanca à esquerda do volante, o que exige adaptação do motorista e pode ser perigoso para quem dirige outro carro habitualmente.

Bancos do Celta têm acabamento adequado e, apesar dos painéis de porta totalmente em plástico, superfícies da carroceria não aparecem no interior

Ainda, no Palio os difusores de ar nas laterais do painel não possuem ajuste horizontal, o que leva o ar condicionado ao corpo ou ao rosto dos ocupantes, em vez das laterais da cabine. São economias que deveriam ser revistas, assim como a GM instalou porta-mapas, pára-sóis com articulação lateral e controle interno dos retrovisores de série a partir de janeiro. Poderia ter trocado o volante de dois raios por um de três, como no Fiat.

O Celta passou também a oferecer ar-condicionado opcional, aliado a melhor revestimento anti-ruído -- nos carros sem o equipamento, como o avaliado, os barulhos de motor, pneus e suspensão invadem o habitáculo todo o tempo, a exemplo do Young. Neste, cabe a velha crítica ao controle ineficaz de temperatura do ar, que passa de gelado a quente sem aviso nem meio-termo (saiba mais). Corrigido na nova linha Palio, o inconveniente permanece nesta versão, assim como o alto ruído e a menor eficiência da refrigeração.
Continua

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Tratamento de imagens: André Peretti

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