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O leitor habitual do BCWS sabe o que é relação
r/l. Seu efeito foi bastante percebido neste comparativo: o índice bastante desfavorável do Corsa, 0,339, reflete-se na aspereza de funcionamento a partir de médias rotações. No extremo oposto está o
Fiesta (raio X abaixo):
0,261, valor típico de motores com pequeno curso de pistões como seu 1,0-litro. O Clio
e o Polo ficam empatados com 0,314, superando o índice máximo considerado aceitável
(0,3).

> O compressor mecânico do Fiesta é do tipo Roots e produzido pela Eaton em São José dos Campos, SP. É composto por dois rotores com três lóbulos espiralados, que atingem até 14.000 rpm, e inclui um
resfriador de ar (intercooler). Para recebê-lo o motor foi amplamente reforçado, teve a taxa de compressão reduzida (para 8,2:1) e recebeu
sensor de detonação. A pressão de superalimentação chega a 0,9 kg/cm2 no regime de maior potência, sendo próxima a 0,3 já a 1.000 rpm.

> Dos quatro motores, apenas o do Corsa (raio X
acima) não faz uso do
acionamento de válvulas por alavanca
roletada. Exclusivo do
Polo é o acelerador eletrônico, neste caso
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dotado da chamada "filosofia torque de gerenciamento"
(saiba mais).
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A Renault vem divulgando a potência de seus motores nos métodos ISO
(International Organization for Standardization) e DIN (Deutsches Institut für Normung eV). O segundo gera valores mais altos, mas é o primeiro o mais próximo de nossa ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). No caso do motor 1,6 16V, são 110 cv pela
DIN, mas apenas 107 cv pela ISO, que é a adotada pelo BCWS.
> O Supercharger traz uma barra de amarração (stress
bar) ligando as torres da suspensão dianteira. Seu intuito é manter a geometria da suspensão inalterada mesmo sob grande solicitação, além de contribuir para a rigidez da estrutura do veículo.
A carroceria da nova geração, aliás, é 174% mais resistente à flexão e 65% mais rígida à torção que a anterior.

> No Fiesta e no Clio as relações de marcha exibem cálculo correto para que, em quinta, a velocidade máxima coincida com o regime de maior potência do motor (ou quase, faltando apenas 100 rpm no Renault). O Corsa optou por um câmbio
4+E, em que a quinta não "enche",
ficando 300 rpm abaixo dos 5.200 rpm de potência máxima. Com o Polo
(raio X acima) ocorre o oposto: o motor supera em quase 500 rpm o regime de maior potência
(5.500 rpm), indicando claramente que a transmissão é curta demais.
Obs.: o raio X do Corsa refere-se ao GSi 16V europeu; o Clio
não tem raio X disponível
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