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Passar rapidamente por lombadas revela outro problema do 206: a falta de batente hidráulico nos amortecedores, que gera uma ruidosa "pancada" quando atingem o fim do curso -- e não é raro que aconteça. O problema desse Peugeot e de outros modelos do grupo PSA, como Xsara e Picasso, foi apontado pelo BCWS já na avaliação de 1999 com o carro ainda importado, mas passou desapercebido pela marca em sua nacionalização. Os outros três são superiores nesse quesito, indicando melhor adaptação à realidade brasileira.

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Bom comportamento e iluminação no Gol, que deveria ter encostos de cabeça traseiros

Os freios dos quatro são eficientes, com discos ventilados à frente apenas no Palio e no Clio. Fica restrita ao Fiat a opção de sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD). Ainda em segurança ativa, os melhores faróis são os do Palio e do Gol, com duplo refletor de superfície complexa, que faltam aos concorrentes. Em contrapartida, só Clio e 206 vêm com luz de neblina traseira e repetidores de luzes de direção nos pára-lamas -- já os faróis de neblina não podem equipar esta versão do Peugeot, sendo oferecidos nos demais.

O Gol é o único com retrovisor esquerdo plano, que consideramos inferior ao biconvexo adotado nos outros três. Quanto à segurança passiva, o Clio sai na frente com as bolsas infláveis frontais de série (opcionais nos oponentes), enquanto a do passageiro do Palio e do 206 pode ser desativada com a chave. Lamenta-se no Gol a indisponibilidade de encostos de cabeça traseiros na versão Sportline, que impõe ao comprador uma opção entre segurança e esportividade; nos outros vêm de série. Enfim, cintos de três pontos para quatro dos ocupantes são padrão nos quatro modelos. Continua

Comentário técnico
> A concorrência acirrada no segmento 1,0-litro fez com que esses motores ultrapassassem os de maior cilindrada em tecnologia e até em potência. O do Gol, com 76 cv, deixou para trás o AP-1600 com injeção monoponto (75 cv) que o equipava em 1995 e 1996. As quatro marcas, a propósito, eliminaram as versões 1,6-litro de oito válvulas e cerca de 90 cv, que perderam sentido com a proximidade de potência dos "mil".

> Para oferecer melhor desempenho os fabricantes adotaram recursos bastante modernos. O acionamento indireto das válvulas por alavanca roletada, que a Ford introduziu no Zetec Rocam do Ka e Fiesta há apenas dois anos, já equipa o Gol e o Clio/206. O acelerador eletrônico (drive-by-wire) lançado em 2000 no Palio hoje está presente nos quatro modelos, com a vantagem para o Gol de considerar uma série de variáveis para definir a resposta ao comando do motorista (saiba mais).

> O Peugeot tem o cálculo de transmissão mais exato, no sentido de aproximar as rotações de potência e de velocidade máxima. O Clio está em pouco curto (ultrapassa por 150 rpm), o Gol
bastante curto (excesso de 225 rpm) e o Palio um tanto longo (faltam 475 rpm para atingir a maior potência). Por outro lado, o regime de giros bem inferior do Fiat é determinante para seu menor nível de ruído, que para muitos é mais relevante do que a velocidade final.

> A suspensão traseira do 206, com braço arrastado, é no grupo a única independente -- os demais usam eixo de torção, que alguns chamam de "semi-independente" -- e com barra de torção em vez de mola helicoidal. Esse conceito tipicamente francês (embora abandonado no Clio de segunda geração) tem a vantagem de ocupar pouco espaço, invadindo menos o interior.

> Por outro lado, a Peugeot fez economia com os freios: adotou discos sólidos na dianteira, a exemplo do Gol, em vez de ventilados, como nos outros dois e na versão 1,6-litro do 206. Apesar do menor desempenho, um modelo 1,0 pode ser usado quase às mesmas velocidades de um de maior cilindrada, pelo que os ventilados seriam bem-vindos -- além de mais seguros quando se precisa frear com muita freqüência.

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