Espaço bem preenchido

Clique para ampliar a imagem

Ampla por dentro ela já era, mas a Spacefox 2010 traz um interior bem
mais agradável e a opção do eficiente câmbio automatizado I-Motion

Texto: Roberto Agresti - Fotos do autor e de divulgação

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

A frente mudou bastante para se identificar com os novos VW alemães; na traseira as novidades estão restritas às lanternas e ao para-choque

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

As novas lanternas aparecem mais quando acesas, embora o formato também tenha sido alterado; de lado, retrovisores com luzes de direção

Clique para ampliar a imagem

Mesmo sem o volante multifunção opcional da foto, o ganho de aspecto no interior é expressivo e há novos itens de conveniência na Sportline

Quatro anos após seu lançamento a Volkswagen Spacefox se renova, adotando o que a empresa chama de "novo DNA de estilo da marca", e também algo a mais — sob a forma de um acabamento interno mais caprichado — e algo a menos, reais no caso, já que as novas versões custam menos, um pouco menos que as anteriores.

Nem perua, nem minivan — ou seja, nem Palio Weekend ou 207 SW, nem Meriva, Livina ou Idea —, a Spacefox nasceu sendo chamada pela VW de sportvan, mais um daqueles rótulos que se criam para produtos que mesclam categorias. De acordo com seus criadores, conciliava a dirigibilidade das peruas com o teto mais elevado e a consequente sensação de amplo espaço interno dos monovolumes. Mas, ao cabo desses quatro anos, a Spacefox não encontrou seus clientes, pois não seduziu os fãs das peruas e tampouco os das minivans. E por quê?

Derivada do Fox, a cuja plataforma foram acrescentados bons centímetros na traseira para criar um porta-malas digno do nome, a Spacefox não emplacou. Para se ter uma ideia, em 2010 até maio a já mais do que datada perua da Fiat, a Palio Weekend, registrou 14.183 emplacamentos contra parcos 6.059 da Spacefox. E quanto ao resto da selva de concorrentes, o Honda Fit (que não é uma minivan na definição exata, mas acaba concorrendo com elas) emplacou 16.400 unidades, a Meriva 10.997, a Idea 9.734... Pois é: como se vê, os brasileiros não acharam muita graça na proposta da Volkswagen de esticar seu Fox e dar-lhe mais "space"...

O modelo 2010 representa a definitiva investida para reverter essa situação, prometendo dar nova vida à "sportvan". Começa por ganhar a nova carinha dos VW alemães mais recentes, já presente aqui no próprio Fox e na perua Jetta Variant. O retoque externo foi mais extenso na frente, passou quase sem perceber as laterais (há novos retrovisores com repetidores das luzes de direção, uma boa medida) e mirou levemente a traseira, onde novos para-choque, tampa, vidro e lanternas visam — de acordo com o discurso da VW durante o lançamento em Curitiba, PR — a dar "mais horizontalidade" à Spacefox, no sentido de fazê-la parecer mais baixa e larga. Trazem também uma identificação imediata, não tanto pelo formato das lanternas, mas pela característica singular com a qual elas se iluminam. Ou seja, de dia, nada demais, de noite... olhe a nova Spacefox aí! É pouco? Parece. Mas ainda há o interior e esse, realmente, recebeu uma evolução digna — e muito necessária.

O tímido e pouco legível painel presente até então deu lugar a um quadro mais caprichado e competente, como sempre deveria ter sido, tanto no aspecto do uso prático quanto no que diz respeito aos materiais empregados. Agora há computador de bordo e configurador de funções. O verdadeiro grande salto à frente é ter perdido aquele ar pobre, onde o efeito de plástico barato se sobrepunha a qualquer suposta tentativa de atrair a atenção para praticidade ou conveniência. E a reforma não se deu apenas no painel, onde se destaca um quadro de instrumentos bonito e bem legível, como também no acabamento geral de aparência e tato bem superiores e nos painéis das portas, que galgaram muitas posições em termos de padrão. Para não desmentir que se trata de um Fox, os inúmeros porta-objetos permaneceram cá e lá.

Ainda falando do interior, revestimentos agradáveis ao tato, seja de tecido ou no opcional couro, fazem dos bancos da Spacefox corretos quanto à aparência e à ergonomia. Único senão — pequenino — é a dimensão dos assentos, que economiza alguns centímetros no apoio às pernas. Muito boa é a possibilidade, preservada, de avançar o banco traseiro. A mala não encaixou? Avance o banco o quanto for necessário. O compartimento de bagagem está vazio? Recue o banco e ganhe um confortável espaço para as pernas. Muito bom o recurso.

Sob o aspecto técnico, sem novidades: o motor VHT Total Flex de 1,6 litro e duas válvulas por cilindro, um velho conhecido, com potência de 101 cv com gasolina e 104 cv com álcool. A ele, agora podem se conectar dois tipos de caixa de câmbio, a convencional de cinco marchas e a automatizada — versão I-Motion — com mesmo número de relações, que elimina o pedal da embreagem e favorece o conforto em centros urbanos, sem eliminar a possibilidade de comando manual. Soa exagero, mas a velocidade máxima declarada aumentou cerca de 6 km/h, passando a 181 km/h segundo os dados de fábrica, atribuído à melhoria do coeficiente aerodinâmico (Cx) em 6% (agora 0,336). A melhor penetração favorece também o consumo, mas o fabricante não informa esse dado, o que é lamentável. Continua

Avaliações - Página principal - Escreva-nos - Envie por e-mail

Data de publicação: 23/6/10

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados