
Fotos: Geraldo
Tite Simões


O novo desenho frontal,
inspirado nos alemães da VW, rejuvenesce o Fox e não destoa das laterais
intocadas e da traseira que mudou menos


O ambiente interno e a leitura
dos instrumentos evoluíram muito, agora há um porta-luvas e o câmbio
automatizado ASG passa a ser oferecido |
No
ano que atingiu o acumulado de um milhão de unidades vendidas, o Fox
ganhou a maior reforma estética desde que foi lançado, em 2003.
Idealizado para ser um carro da família, ele chega redesenhado por
dentro e, em parte, por fora e ganhou também o
câmbio manual automatizado ASG de cinco
marchas. O objetivo foi manter o DNA original do Fox, mas com mais
sofisticação. Boa parte dessas novidades partiu de um programa chamado
Converse com o Marketing, no qual os vendedores trabalharam como uma
espécie de porta-voz dos clientes junto à Volkswagen. Foi assim que o
novo Fox recebeu porta-luvas, inexistente na primeira versão. Até então
era preciso recorrer a uma gaveta sob o banco do motorista, que
permanece.
O motor de 1,0 litro agora vem apenas na versão básica, aos preços
sugeridos de R$ 30 mil com três portas (carroceria só oferecida com esse
motor) e R$ 31.830 com cinco. O 1,6 básico, sempre cinco-portas, custa
R$ 34.800 e passa a R$ 39.104 com ar-condicionado e conjunto elétrico, a
R$ 37.290 com câmbio automatizado (que acrescenta o sufixo I-Motion) e a
R$ 42.503 com o câmbio, o ar e o conjunto elétrico. Nas mesmas
configurações, a versão Prime sai a R$ 36.930, R$ 40.745, R$ 39.400 e R$
43.306, na ordem. SpaceFox e CrossFox serão renovados mais adiante.
A versão básica traz como equipamentos de série direção assistida,
lavador e limpador do vidro traseiro, ajuste de altura do banco do
motorista, porta-copos e terceira luz de freio. O pacote Trend inclui
faróis com duplo refletor escurecido,
frisos, retrovisores e maçanetas na cor do carro, revestimento superior
nos bancos e para-sóis iluminados. Pode-se ter ainda freios
antitravamento (ABS), bolsas infláveis frontais, faróis de neblina,
rodas de alumínio de 15 pol, ar-condicionado, aquecimento, controle
elétrico dos vidros dianteiros e travas, banco traseiro com ajuste
longitudinal, volante com regulagem de altura e distância, travas com
controle remoto, alarme, rádio com ou sem toca-CDs (ambos com leitura de
MP3 e entradas USB e para cartão SD),
comandos de áudio no volante e alguns itens inéditos: faróis e limpador
de para-brisa automáticos, sensores de
estacionamento na traseira e retrovisor interno
fotocrômico.
No Prime os itens de série acrescentam faróis duplos e de neblina,
para-brisa degradê, itens externos na mesma cor, defletor traseiro,
luzes de leitura traseiras, ajustes do volante, aquecimento, banco
traseiro corrediço e para-sóis iluminados. Ao lado da maior parte dos
opcionais do básico (até mesmo ar-condicionado vem à parte), há as
inéditas opções de teto solar com controle elétrico e câmbio
automatizado.
A primeira mudança que salta aos olhos é a nova frente, que adota linhas
mais retas, a começar pelos faróis com máscara simulando pálpebras. A
grade agora se estende até eles, o que transmite sensação de maior
largura. O conjunto lembra os mais novos VW europeus, como Polo, Golf e
Scirocco. Um dos pontos destacados pela VW são os espelhos retrovisores,
sempre fatores complicadores no quesito aerodinâmica. A engenharia
desenvolveu espelhos com formato favorável ao ar, que parece pequeno
olhando por fora, mas tem grande área de retrovisão. Embora a VW diga
que até a matriz alemã passará a adotar o modelo, o fato é que ele não
difere muito do usado lá no Golf há um ano. Agora há repetidores de luz
de direção, mas só como opcional.
Ainda na parte dianteira, o para-choque pode ser dividido em pedaços no
caso de reparação. Com o mesmo objetivo de reduzir os custos de conserto
de acidentes, a barra de proteção frontal agora é parafusada e não mais
soldada. Segundo a VW, as medidas deram ao Fox o menor custo de
reparação da categoria, de acordo com o Cesvi (Centro de Experimentação
Viária), o que pode projetar menores valores de seguro. Na traseira as
mudanças foram menores: quinta porta, para-choque e lanternas, que
mantêm os formatos para evitar alterações estruturais. Outras mudanças
são o defletor traseiro com terceira luz de freio integrada e a luz de
neblina traseira no para-choque, mais adequado, pois o nevoeiro fica
perto do solo. Houve mínima redução no Cx,
de 0,359 para 0,353. Curiosamente, de acordo com a VW, o Fox 1,6 chega a
183 km/h com gasolina e 184 km/h com álcool, menos 3 km/h que no
modelo 2009 de mesmo motor... O consumo até aumentou um pouco na
estrada, embora melhorasse na cidade.
Continua |