

Células solares no teto obtêm
energia para a ventilação interna com o carro parado; compartimento de
bagagem é muito espaçoso, 603 litros

Conveniência no tráfego: o
comando Auto Hold aplica os freios quando o carro está parado, o que
dispensa acioná-los para evitar que se mova
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Mecânica de esportivo
Até aqui a Passat
Variant apenas acrescentou requinte e conforto ao que as peruas do
passado ofereciam, o que já seria esperado de um carro de mais de R$ 160
mil. O que realmente a destaca não pode ser visto, mas sentido: motor,
câmbio, freios e suspensão que bem poderiam estar em um carro esporte e,
por isso, trazem sensações ao volante não muito comuns em modelos
familiares.
A começar pelo vigoroso V6 de 3,2 litros com quatro válvulas por
cilindro e injeção direta de gasolina,
que entrega a potência de 250 cv a altas 6.250 rpm, mas fornece o torque
máximo de 33,6 m.kgf já a 2.750 rpm. Apesar de lidar com mais de 1.700
kg, o motor obtém uma agilidade de resposta típica de um leve carro
esporte e — não poderia ser diferente em um bom teutônico — sustenta
velocidades de autobahn sem esforço, mesmo já entrando na última quarta
parte do velocímetro (veja abaixo os resultados da simulação de
desempenho e a análise detalhada). Seu funcionamento é isento de
vibrações e o ruído não passa de um leve "borbulhar" em baixa rotação e
de um ligeiro ronco em alta, que agrada a ouvidos entusiastas.
O acabamento cromado da alavanca de câmbio aponta mais dois atributos
dessa versão: a caixa manual automatizada DSG, de dupla embreagem, e a
tração integral 4Motion (saiba
mais sobre técnica). A DSG, já avaliada nos
Audis A3,
S3 e TTS, mais uma vez mostrou
excelência em funcionamento: em modo manual ou em automático, opera com
rapidez e uma suavidade que deixa as trocas quase imperceptíveis, já que
é muito breve a interrupção de aceleração. Mudanças manuais podem ser
feitas pela alavanca no console, subindo marchas para frente e reduzindo
para trás, ou pelos comandos do tipo borboleta solidários ao volante,
subindo pelo da direita e descendo pelo da esquerda.
Em modo automático a DSG trabalha muito bem, sem trancos de qualquer
espécie, e não exagera na tendência a reduções como algumas caixas
automáticas. Em manual é possível abrir bastante o acelerador em baixa rotação; reduções só ocorrem se for pisado o
interruptor de fim de curso. Como habitual no Grupo VW, ao "esticar"
marchas as trocas são automáticas no limite de giros. Na alavanca,
passar de D para S ativa o modo esportivo, em que a sexta marcha é
tirada de ação e rotações mais altas são mantidas, mas a operação
continua automática. O modo manual só entra se forem feitas trocas pelo
canal à esquerda da alavanca ou pelos comandos do volante. É possível
também efetuar mudanças manuais no volante com a caixa em D, mas a
operação retorna à automática após alguns segundos. E não se devem usar
freio e acelerador juntos para melhor aceleração: basta acelerar fundo.
Continua |