Ataque em ambas as frentes

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No lugar de Bora e Jetta, a Volkswagen traz um Jetta redesenhado
em duas configurações bem diferentes em termos mecânicos

Texto: Fabrício Samahá - Fotos do autor e de divulgação

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Dessa vez o Jetta tem maior entre-eixos que o Golf e não compartilha com ele nenhum painel de carroceria, o que deu liberdade de desenho

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Apesar de toques esportivos como o defletor frontal com duas pontas, o estilo do sedã ficou conservador; faróis de xenônio não são oferecidos

Quase iguais por fora e por dentro, mas bem diferentes na mecânica e, portanto, no comportamento: assim são as duas versões do novo Jetta, que a Volkswagen apresenta no Brasil com o objetivo de conquistar, do segmento de sedãs médios, uma fatia bem maior que a obtida pelos anteriores Bora e Jetta. Isso mesmo: por meio das versões claramente diferenciadas em termos técnicos — e no preço —, o novo carro substitui dois modelos.

Se na Europa e nos Estados Unidos houve a sucessão do Bora (derivado do Golf de quarta geração) pelo antigo Jetta (baseado no quinto Golf), ela nunca se concretizou em mercados menos desenvolvidos como o mexicano — onde ambos eram produzidos — e, claro, o brasileiro. As duas gerações, de 2000 e de 2005, continuaram lado a lado, representando estágios de evolução tecnológica diferentes e atendendo a públicos diversos, por meio de definições próprias de conteúdo, motorização e preço.

Só que em 2009 o Golf europeu passou à sexta geração, criando a necessidade de um novo sedã. Nos EUA, onde o Jetta representa o carro-chefe da marca, havia demanda por um modelo mais espaçoso, enquanto parte do público aceitaria alguma simplificação técnica — abrindo mão, por exemplo, da suspensão traseira independente multibraço — em nome de um preço mais baixo. A VW decidiu então fazer desse Jetta de sexta geração um sedã independente em termos de carroceria e com duas alternativas de construção.

O Jetta de mecânica simples chega ao Brasil na versão Comfortline, com o conhecido motor de 2,0 litros e duas válvulas por cilindro usado desde 1998 no Golf, opção entre câmbio manual de cinco marchas e automático de seis e suspensão traseira por eixo de torção — tudo como no Bora. O outro Jetta, o de concepção sofisticada, vem com o nome Highline e traz motor de 2,0 litros com turbocompressor, resfriador de ar, quatro válvulas por cilindro e injeção direta (o mesmo do Passat e do Tiguan); caixa manual automatizada DSG de dupla embreagem com seis marchas e, como o antigo Jetta, suspensão traseira multibraço.

Por esses conjuntos tão distintos o consumidor pagará preços também distantes. O Comfortline custa R$ 65.755 (manual) e R$ 70 mil (automático) e traz de série freios com sistema antitravamento (ABS), bolsas infláveis frontais e laterais dianteiras, controle de tração, rodas de 16 pol em alumínio com pneus 205/55, encostos de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes, alarme antifurto, sistema Isofix para fixação de cadeira para crianças, faróis de neblina e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.

Seus opcionais são um pacote de R$ 1.300 com limpador de para-brisa automático, retrovisor interno fotocrômico e temporizador de faróis; outro de R$ 2.100 com controlador de velocidade, ar-condicionado automático e volante com comandos de áudio e do computador de bordo (no caso de câmbio automático, inclui alavancas para trocas manuais de marcha e o preço sobe para R$ 2.620); rodas de 17 pol com pneus 225/45, por R$ 1.600; revestimento dos bancos em couro sintético, a R$ 600; teto solar com controle elétrico, por R$ 3 mil; e rádio/toca-CDs com MP3, amplo mostrador sensível ao toque e interface Bluetooth para telefone celular, a R$ 1 mil. A conta fecha em R$ 80.100 para o automático.

No Highline, o preço básico de R$ 89.520 compreende os itens de série do Comfortline e todos os seus opcionais, exceto o teto solar. Há ainda controle eletrônico de estabilidade, bolsas infláveis do tipo cortina, ar-condicionado automático de duas zonas e faróis automáticos. As opções são teto solar (R$ 3 mil), ajuste elétrico total para o banco do motorista (R$ 1 mil) e rodas com fundo escuro e face externa usinada (R$ 300). Total, R$ 93.810.

Independente   Pela primeira vez em suas seis gerações, o Jetta tem carroceria toda própria, sem qualquer painel metálico do Golf. Isso deu liberdade para que o sedã tivesse proporções mais harmoniosas, em que a distância entre eixos cresceu 73 mm, de 2,578 para 2,651 metros (no Golf é a mesma do anterior). O comprimento aumentou de 4,554 para 4,644 m (90 mm) e a largura é quase a mesma, 1,778 ante 1,781 m (menos 3 mm), assim como a altura, de 1,461 para 1,473 m (mais 12 mm). Continua

 

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Data de publicação: 26/3/11

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