

A nova série Tech do Golf
usa o motor 1,6-litro, que recebeu várias mudanças e ganhou em taxa de
compressão, mas só chegou a 104 cv

Faróis e grade pretos, faixas
decorativas, rodas de 15 pol com desenho próprio: o Extreme é
apresentado como o Fox "tunado de fábrica" |
A Volkswagen apresentou nesta segunda-feira (28) sua linha 2009 e
garante: não há nenhuma alteração de preços. Mas essa boa notícia é
acompanhada de outra, a de que os modelos foram enriquecidos com
equipamentos e detalhes. O Gol, por exemplo, passa a trazer o retrovisor
direito do mesmo tamanho do esquerdo (antes era menor) e ambos possuem
comando interno agora. Os cintos dianteiros contam com ajuste de altura
da ancoragem na coluna.
Em compensação, o Gol ficou de fora da festa chamada motor VHT (iniciais
de very high torque, torque muito alto em inglês) em cilindradas de 1,0
e 1,6 litro, ambos da família EA-111, produzida na fábrica de São
Carlos, SP. O veterano líder de vendas permanece com a versão 1,0
anterior mais a de motor 1,6 da família AP. O VHT aponta evolução
importante e está presente no Fox (1,0 e 1,6), CrossFox, SpaceFox, Polo
e Golf (apenas 1,6 nestes modelos). Tudo indica que o VHT chegará ao Gol
na nova geração, a ser lançada em junho ou julho. Se será estendido
depois ao modelo atual, é uma incógnita.
Esta evolução da série EA foi desenvolvida em 23 meses e traz como
modificações filtro de ar redesenhado; nova geometria do coletor de
admissão, que inclui uma câmara de ressonância; aumento da duração de
abertura das válvulas de admissão; avanço dos tempos da válvulas de
escapamento; e menor cruzamento de válvulas — momento em que as de
admissão e escapamento permanecem abertas. As alterações visam a
melhorar o enchimento dos cilindros nas rotações menores e elevar o
torque, além de favorecer o funcionamento em marcha-lenta.
Os pistões estão mais leves e compactos e as bielas são mais delgadas
agora, de 20 para 17 mm, e mais compridas, de 144 para 152 mm. Com isso
reduziu-se a massa dessas peças de movimento alternativo e, no caso das
bielas mais compridas, melhorou a relação
r/l. Foi desenvolvido novo material para as bronzinas, visando maior
durabilidade. O coletor de escapamento passa a ser de tubos de aço
inoxidável, com o catalisador junto (como antes), que melhora seu
funcionamento por atingir a temperatura de eficiência mais rapidamente e
reduz o peso do conjunto em 4,5 kg, ou 50%.
A potência passou de 72/73 cv (gasolina e álcool, sempre nessa ordem
neste texto) a 5.750 rpm para 72/76 cv a 5.250 rpm, enquanto o torque
foi de 9,5/9,8 m.kgf a 4.300 rpm para 9,7/10,6 m.kgf a 3.850 rpm — este
último um ganho apreciável com álcool, 8,2%. A maior biela baixou a r/l
de 0,245 para 0,232. A adequada taxa de
compressão de 13:1 foi mantida. O motor já está preparado para os
novos limites de emissões que vigorarão a partir do ano que vem, quando
bastará adotar um catalisador com maior carga de materiais nobres.
Continua |