




Criativo em detalhes como
faróis e lanternas, o desenho está bem mais moderno; a plataforma
compartilhada com o Mégane aumentou o espaço interno do Sentra |
Existem carros que, depois de um início discreto, são renovados e ganham
fôlego para uma carreira promissora. É o que acontece agora com o Nissan
Sentra, o sedã médio trazido do México que nunca emplacou no modelo
anterior. A sexta geração, apresentada no Salão de Detroit de 2006 e
comercializada na América do Norte e no México desde outubro, chega
pouco tempo depois ao Brasil para achar um lugar ao sol no disputado
mercado de sedãs médios, onde atuam 307, Civic, Corolla, Focus, Fusion,
Jetta, Mégane e Vectra.
São três versões, básica, S e SL — as duas primeiras com câmbio manual
de seis marchas ou automático CVT XTronic,
único disponível para a terceira. O carro é produzido na cidade mexicana
de Aguascalientes, no centro do país, em fábrica inaugurada em 1982.
Beneficiado pelo acordo Brasil-México, chega ao Brasil sem pagar imposto
de importação de 35%. A comercialização começa dia 23. O preço parte de
R$ 58.300 para o básico, passa a R$ 63.500 no S e chega a R$ 81.700 no
SL. O câmbio CVT aumenta o preço do básico e do SL em R$ 5.000.
Portanto, está bem alinhado com a concorrência em preço, à exceção do
"colega mexicano" Fusion, que com porte maior e motor de mais cilindrada
(2,3 litros) custa R$ 82.780. São quatro cores: preto sólido e as
metálicas prata, cinza e azul.
O estilo é moderno, mas sem alguns exageros que têm surgido — e por isso
tem tudo para agradar. Foi desenvolvido no centro de estilo da Nissan em
San Diego, na Califórnia, EUA. Os faróis, de refletor único, foram
inspirados no carro esporte 350Z da marca. Cintura alta que sobe para a
traseira, balanços curtos e terceiro
volume compacto saltam à vista. O porta-malas de 442 litros (capacidade
mediana, mas bem superior à de apenas 340 do Civic) traz, no S e no SL, uma
interessante solução: uma divisória removível no sentido transversal,
com quatro ganchos para pendurar sacolas, que resulta num volume de 100
litros. É ideal para pequenas compras de supermercado. A tampa usa
dobradiças pantográficas.
A plataforma "C" da aliança Renault-Nissan é compartilhada com o Mégane. O entreeixos de 2,68 metros, acréscimo importante sobre os 2,53
m da geração anterior, tornou o interior mais espaçoso. O comprimento
passou de 4,508 para 4,567 m (5,9 cm mais) e altura e largura também
aumentaram, de 1,409 e 1,709 m para 1,512 e 1,790 m, na ordem. O espaço
interno está na média da categoria — só perdendo para o Fusion, claro —
e o interior é atual e agradável. O porta-luvas, com chave e iluminação,
é enorme: cabe até um computador laptop nele.
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