


A versão ELX: motor 1,4 com mais
potência que no Palio, acabamento mais simples, bons itens de série



Os Puntos ELX (em cima) e HLX:
espaço acima da média, boa posição de dirigir, painel bem-projetado
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Os
opcionais para ele já são muitos: bolsas infláveis frontais, sistema
antitravamento (ABS), rádio/toca-CDs com MP3
e comandos no volante, Blue&Me (leia adiante), controle elétrico dos
vidros traseiros e retrovisores, sensor de
estacionamento traseiro, controle remoto de travas, teto solar
Skydome, faróis e limpador de pára-brisa automáticos, banco traseiro
bipartido, apoios de braço à frente e atrás, retrovisor
fotocrômico, rodas de alumínio de 15 pol
e bancos de couro bicolor.
O motor 1,8 equipa duas versões, cada uma com previsão de 15% de
participação. A HLX (R$ 44.400) adiciona à ELX apenas revestimento em
veludo, ajuste do temporizador do limpador de pára-brisa e controle
remoto de travas. Portanto, ao contrário do que acontecia no Palio, há
expressiva diferença de preço com conteúdo similar. A maior parte dos
opcionais do outro se aplica a ele, que também pode vir com
ar-condicionado automático, bolsas infláveis laterais e cortinas e
encostos de cabeça ativos nos bancos
dianteiros, estes inéditos em um carro nacional. O ABS e as bolsas
frontais são oferecidos em pacote a atrativos R$ 2.900.
Finalmente, o Punto Sporting 1,8 custa R$ 51.900 e acrescenta ao HLX
bolsas frontais, ABS, CD/MP3, viva-voz
Bluetooth, volante de couro com comandos de áudio e rodas de 16 pol
em alumínio com pneus 195/55-16. Há também detalhes próprios de
acabamento: revestimento interno em tecido esportivo, cintos de
segurança vermelhos, faróis com máscara preta, saias laterais, defletor
de teto, cobertura esportiva nos pedais e apoio de pé esquerdo e tapetes
com o logotipo Punto. A relação entre preço e conteúdo é bem
interessante se comparada à de médios como Golf, 307 e o próprio Stilo.
Para produzir o carro no Brasil a Fiat precisou investir R$ 800 milhões
entre serviços de engenharia, ferramentas de produção e instalações na
fábrica de Betim, MG. O dispositivo robotizado para armação da
carroceria é novo e foi criada uma linha específica para a estamparia
das partes móveis. Tudo na produção do modelo visa a velocidade de
manufatura — do sistema de gravação do número do chassi ao
reconhecimento automatizado, com câmeras, da carroceria ao entrar para a
pintura. Há um novo dispositivo para a montagem da suspensão traseira
completa, bem como um sistema de controle de vazamento do gás
refrigerante do ar-condicionado.
Personalidade
Desenhado
pelo mestre Giorgetto Giugiaro, o estilo moderno e de forte
personalidade é certamente um dos grandes atributos do Punto. O carro
consegue transmitir robustez sem apelar para formas retilíneas, que
envelhecem rápido. A frente afilada, faróis de perfil longo, linha de
cintura alta e ascendente e lanternas traseiras nas colunas
(característica do modelo desde a primeira geração, de 1993) são os
elementos mais interessantes.
As linhas são exatamente as mesmas do italiano, salvo pela (lamentável)
eliminação dos repetidores laterais das luzes de direção. O
coeficiente aerodinâmico (Cx), 0,34, está
acima do que se espera de um projeto novo, mas a Fiat explica que o
resultado se deve ao capô mais alto de modo a ficar mais distante do
motor — medida de proteção ao pedestre em caso de atropelamento, norma
da União Européia.
O interior não é luxuoso, com plásticos rígidos e revestimento simples
no ELX, mas tem jeito atual e agradável. O painel de instrumentos
permite fácil leitura, há vários porta-objetos (incluem porta-óculos de
teto e um segundo porta-luvas quando não há bolsa inflável), os
controles de vidros são todos do tipo
um-toque e os difusores de ar estão no lugar certo, ao contrário da
linha Palio e da Idea.
Continua |