


O Sporting mostra ótimo
comportamento nas curvas, sem chegar ao desconforto; o Punto pode ter
cortinas infláveis, exclusivas nos nacionais, e bolsas laterais |
Ao
volante
O lançamento do Punto em Buenos Aires, na Argentina, deu aos jornalistas
oportunidade de dirigir em cidade, rodovia e autódromo. O ELX 1,4 não
poderia mesmo impressionar pelo desempenho, dado o peso expressivo de
1.090 kg, mas a boa potência em baixa rotação ameniza esse fato, dando
razoável agilidade no tráfego urbano. Já o Sporting entusiasma pelas
respostas. Em ótimo estágio de evolução, apesar das duas válvulas por
cilindro, o motor 1,8 é muito elástico e permite dirigir como se quiser,
do uso pacato ao mais vigoroso. Mas seria interessante poder alcançar
rotações mais altas (corta a 6.200 rpm).
Os comandos são leves, inclusive o do câmbio, que é dos mais precisos no
uso. O do ELX produz aceitáveis 3.800 rpm a 120 km/h reais. No HLX essa
rotação cai para 3.650 rpm — alta diante do motor bem mais potente — e
no Sporting é de 3.750 rpm, aceitável pela proposta da versão. A
suspensão resulta em rodar equilibrado e com boa adesão à estrada, no
que os pneus 195/55-16 da versão superior ajudam bastante. As
irregularidades são bem filtradas e o bom vão livre permite ignorar as
lombadas com tranqüilidade.
No autódromo de Buenos Aires, respeitadas as limitações de um
tração-dianteira sem preparação para isso, o Sporting entusiasmou. Tomou
as curvas de diferentes raios com precisão, mostrou bom controle dos
amortecedores e facilidade de uso vigoroso. Não sai de frente em excesso
e a traseira só aponta para fora da curva quando provocada, mesmo assim
de forma fácil de corrigir.
À parte os itens de segurança opcionais e o Blue&Me, o Punto não inova,
mas denota um conjunto harmonioso e bem-feito. A isso se soma um estilo
moderno e atraente, com cara e jeito de italiano. No todo, é um
automóvel bastante agradável de ver e de dirigir. Para quem já aprecia a
marca, é um lançamento bem-vindo, um passo à frente em relação ao Palio.
Para quem não aprecia ou é indiferente, está aí um sério caso a pensar. |