

O HLX acrescenta poucos itens ao
ELX, mas tem melhor desempenho com motor 1,8 e farta lista de opcionais



Por dentro do Sporting,
decoração alegre com pedais esportivos, volante de couro e cintos em
vermelho

Como na Idea, o teto solar tem
grande área e duas partes, uma móvel na frente e outra fixa na traseira |
Com
os diversos ajustes, o motorista encontra boa posição com facilidade.
Pena que as colunas dianteiras prejudiquem bastante a visibilidade,
sobretudo à esquerda. Uma inovação do Punto é o Blue&Me, interface entre
telefone celular (desde que dotado de tecnologia Bluetooth) e veículo,
criada em parceria com a Microsoft e apresentada em 2006.
O sistema obedece a comando de voz em nível que impressiona. Transfere
até a agenda telefônica do celular para o carro ao escutar "transferir
agenda". E fala, como ao ler uma mensagem SMS (serviço de mensagens
curtas) enviada para o celular do dono, que pode também ditar uma
mensagem SMS. Com o comando de voz pode-se mandar "ligar para fulano" ou
"ligar para o número x" por meio de microfone na base do retrovisor.
Feita a ligação, o número aparece no visor multiinformação de cristal
líquido do quadro de instrumentos. A tecla para acionar o telefone passa
a ser uma dedicada no lado esquerdo do volante.
Há mais. No porta-luvas encontra-se uma conexão USB à qual se pode
conectar um pendrive com arquivos de música MP3. A busca de faixas pode
ser comandada por voz, segundo a organização das pastas no pendrive —
gênero musical, artista e título da música. O opcional custa R$ 500 no
Sporting e R$ 3.900 no ELX e HLX, neste caso associado a bolsas
infláveis e ABS.
O teto solar Skydome segue o padrão da Idea: cobre 70% da área do teto e
tem duas seções, a dianteira móvel (pode ser erguida ou correr por fora)
e a traseira fixa. Seu forro tem comando elétrico um-toque com sensor
antiesmagamento. No banco traseiro o
espaço é bom em altura, mas modesto em largura e comprimento para as
pernas — nisso é um carro pequeno, não médio. O mesmo vale para o
compartimento de bagagem de 280 litros, similar ao do Palio, e cuja base
de acesso é bem alta. O estepe de tamanho normal (diferente do compacto
usado na Europa) exigiu um enchimento irregular no assoalho, mas usa
roda e pneu iguais aos demais no Sporting.
Motores
conhecidos
Os motores
do Punto são, por enquanto, o Fire de 1,4 litro e o 1,8 fornecido pela
General Motors — isso até que a Fiat conclua o seu, com cilindrada ao
redor de 1.850 cm³ e potência estimada em 130 cv, que deve ficar para o
sedã Linea no começo de 2008. No Fire a potência subiu de 80/81 cv
(gasolina/álcool) para 85/86 cv, e o torque máximo, de 12,2/12,4 m.kgf
para 12,4/12,5 m.kgf, graças ao emprego de coletor de admissão com
diâmetro de passagem aumentado de 30 para 33 mm e coletor de escapamento
em aço (em vez de ferro fundido) com o catalisador integrado. No 1,8 a
potência ficou em 113/115 cv, e o torque, em 18/18,5 m.kgf.
O Sporting conta com diferencial mais curto que o do HLX, mas parte da
diferença é compensada pelos pneus maiores. A Fiat anuncia redução de
0,3 segundo na aceleração de 0 a 100 km/h e velocidade máxima 1 km/h
mais alta no Sporting, mas informa o mesmo consumo do outro, o que não
faz sentido. Os freios seguem o tradicional esquema de disco ventilado e
tambor em toda a linha, mas o ABS de última geração (Bosch 8.1) traz
distribuição eletrônica de pressão entre os
eixos e controle para curvas, que reduz a pressão nas rodas internas
e evita a ação do ABS na roda dianteira interna à curva.
Segundo o diretor de engenharia da Fiat, Claudio Demaria, em relação ao
modelo italiano houve alterações extensas de suspensão. Nosso carro usa
alguns componentes do Stilo, tem calibração mais macia e altura de
rodagem 13 mm maior. Outra diferença é o ponto da tomada de ar para o
motor, bem mais alto do que no original, como segurança em alagamentos.
Faltou ampliar o tanque de combustível de 48 litros, muito pouco para as
versões 1,8 com uso de álcool.
Continua |