
O novo painel de bom aspecto é
comum a toda a linha 207, mas a Escapade traz seu logotipo nos encostos
dos bancos dianteiros


O motor de 1,6 litro e até 113
cv é um destaque: funcionamento suave, boa potência desde baixa rotação,
desempenho adequado à proposta |
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MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso:
78,5 x 82 mm.
Cilindrada: 1.587 cm3. Taxa de compressão: 11:1. Injeção
multiponto seqüencial. Potência máxima: 110 cv (gas.) e 113 cv (álc.) a
5.600 rpm. Torque máximo:
14,2 m.kgf (gas.) e 15,5 m.kgf (álc.) a 4.000 rpm. |
CÂMBIO
- manual, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor (opcional: a disco); antitravamento
(ABS) opcional. |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente McPherson; traseira, independente, braço
arrastado. |
RODAS
- 5,5 x 14 pol; pneus, 175/70 R 14. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,073 m; largura, 1,669 m; altura, 1,484 m;
entreeixos, 2,443 m; capacidade do tanque, 50 l; porta-malas, 313
l; peso, 1.148 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 194 km/h; aceleração
de 0 a 100 km/h, 11,3 s. |
Dados do fabricante; consumo
não disponível |
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Ao
volante
Avaliada na região de
Atibaia, no interior paulista, a 207 Escapade mostrou o bom efeito das
alterações. A principal diferença da versão para o restante da linha é a
suspensão elevada em 25 mm (os pneus não influem, pois têm diâmetro
praticamente igual ao dos 185/60 R 15 das versões de topo do 207), que
confere ao carro uma altura livre do solo de 24 cm, suficiente para
atravessar com tranquilidade uma estrada de terra sem maiores
dificuldades. Ajudam também nessa tarefa os pneus mistos, de boa
aderência em tais condições de uso.
A recalibração da suspensão deixou o carro mais confortável, sem que
chegue a ser mole, de maneira que o compromisso entre conforto e
comportamento está adequado à proposta. O silêncio na cabine evidencia o
bom trabalho na revisão do isolamento acústico do modelo. Os ruídos de
rodagem também diminuíram, aspecto que era um tanto critico em função
dos pneus de uso misto. No entanto, a melhor alteração foi a adoção do
acionamento por cabos do câmbio. O manuseio ficou muito melhor e as
trocas imprecisas e ruidosas do modelo anterior não existem mais, além
de acabar a movimentação da alavanca típica do 206. Pode-se dizer que
essa foi a melhor novidade da família. Vale notar que, ao vincular o
motor 1,6 ao câmbio automático na 207 SW, a Peugeot deixou a Escapade
como única opção de perua dotada desse motor e de caixa manual.
E não se pode deixar de destacar o ponto alto do carro, o motor de 1,6
litro e 16 válvulas, flexível em combustível, que produz potência de 110
cv quando abastecido com gasolina e 113 cv com álcool. Seus destaques
são a suavidade de funcionamento, a facilidade de girar e a pronta
resposta em qualquer regime de rotação. Traz tudo o que é necessário
para rodar com tranqüilidade ou em uso vigoroso. Os índices de
desempenho informados pelo fabricante são muito bons, mas é lamentável
que a Peugeot não informe consumo.
No mais, a 207 Escapade guarda os mesmos defeitos de toda a linha, como
a instalação dos comandos dos vidros no console central, local de
difícil acesso, e a manutenção dos revestimentos de portas do 206 — que
antes formavam um belo conjunto com o painel, mas já não o fazem em
função do tamanho maior do painel. E é curioso notar que na Escapade, em
nenhum lugar, a Peugeot insere a identificação 207 no veículo: somente
os adesivos Escapade nas laterais e na tampa traseira.
Com a troca do ABS por equipamentos de menor valor, o preço está mais
baixo que na versão anterior. A 207 Escapade parte de R$ 46.100, frente
aos R$ 49.900 da 206, mas é preciso lembrar a redução da alíquota de
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vigente desde dezembro. A
concorrente mais direta é a
Palio Adventure Locker, que tem como trunfo o sistema de bloqueio do
diferencial, mas também se podem considerar adversários o CrossFox, o
Sandero Stepway e até o EcoSport.
Até porque o elemento que costuma diferenciar as peruas — grande espaço
para bagagem — não se aplica à 207: são apenas 313 litros, menos que no
próprio Sandero e distante dos 460 da Adventure. |