O mais novo dos Minis — lançado em fevereiro na Europa — é agora
colocado em nosso mercado: o Roadster, primeiro dos modelos desse braço do grupo
BMW a associar dois lugares e carroceria conversível. Como diz a própria marca,
o Roadster é para ser dirigido com sorriso estampado no rosto, pelo prazer
implícito a qualquer carro pequeno de motorzinho nervoso em que seja possível
não ter nada além do céu sobre a cabeça.
Mas sorriso grande mesmo é o do grupo BMW, pois os Minis são uma verdadeira
galinha dos ovos de ouro: em 2011 o crescimento nas vendas em escala global foi
de ótimos 21,7%, enquanto no Brasil comemoraram-se excelentes 45% de evolução no
ano que terminou. Que tal? Para o novo modelo, a expectativa inicial de vendas
no País por meio das 20 concessionárias é de cerca de 100 unidades ao mês.
O motor de todas as versões do Roadster é o moderno 1,6-litro com sistema de
variação de abertura das válvulas e o recurso
Valvetronic, cuja potência na versão de entrada — Mini Cooper Roadster — é de
122 cv, com torque de 16,3 m.kgf. Essa opção custa R$ 132.950. No Mini Cooper S
Roadster, graças ao turbocompressor de duplo fluxo (mas sem Valvetronic), a
potência sobe para 184 cv e o torque para 24,5 m.kgf; por ele se pagam R$
144.950. Algumas unidades do Cooper S contarão com o pacote visual John Cooper Works,
ao preço de R$ 151.950, o que não inclui o motor de 211 cv habitual das versões
com esse nome.
Os Roadsters que vêm ao Brasil são dotados de câmbio automático de seis marchas,
com possibilidade de trocas manuais via alavanca no console ou por aletas atrás
do volante. Em ambas as versões o desempenho entusiasma: o Cooper leva 9,2
segundos para chegar a 100 km/h, alcançando máxima de 199 km/h, enquanto a
versão turbo faz a aceleração em 7,2 s e atinge 222 km/h.
O Roadster, sexto modelo da gama Mini, tem como "parente" mais próximo o
Mini Coupe, tanto pelos dois
lugares quanto pela carroceria de três volumes, e não de dois volumes como em
todos os outros Minis, mais fiéis ao genial
desenho de Sir Alec Issigonis de 1959. Todavia, nem por isso Coupe e
Roadster renegam seu DNA — e parte do segredo do sucesso dos Minis atuais é ter
mantido a "cara" do carrinho inglês original, com grandes faróis circulares e
grade característica.
Visualmente, o que chama mais a atenção são as barras de proteção
anticapotamento, grossas, cromadas. Um olhar mais atento revela que as colunas
do para-brisa estão mais inclinadas que nos outros Minis — em 13 graus —, o que
pode ter motivações tanto estilísticas como técnicas: sendo um conversível, o
Roadster exige reforços estruturais que compensem a ausência de um teto
metálico.
Aliás, falando em capota, mais de um estranhará que a simples, mas bem-acabada e
compacta, capota de tecido do Roadster não tenha acionamento elétrico. Toda a
operação para abrir ou fechar é manual, mas consta que em uma segunda fase serão
trazidas unidades (já disponíveis na Europa) com sistema elétrico. Contudo,
abrir ou fechar manualmente tal capota é algo muito fácil e leve, pois há
auxílio de molas e amortecedores a gás. Fechado, ele fica 2 cm mais baixo que o
conversível de quatro lugares.
Um detalhe importante é que a capota, quando aberta, não necessita de cobertura
ou nenhum dispositivo do gênero, pois se posiciona atrás das barras de proteção
e com sua face externa voltada para cima. Também não ocupa nenhum espaço do
porta-malas de bons 240 litros. Inteligente foi o uso do vão atrás dos bancos:
há um espaço amplo e muito útil em um carro tão compacto, assim como uma
"janela" que permite passar objetos da cabine para o porta-malas (válida também
para abrigar objetos compridos no compartimento).
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