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No C 200 CGI o desempenho sobressai, pois são 184 cv; o motor de funcionamento muito macio entrega alto torque em uma ampla faixa de rotações
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A unidade de 1,8 litro substitui a anterior de mesma potência, que usava compressor; as rodas de 17 pol mostradas fazem parte do pacote Sport

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Há no C 200 diferenças sutis de acabamento, que aumentam na versão Sport (fotos) com detalhes em prata, pedais e ajuste elétrico dos bancos

Passamos então ao C 180 para confirmar a maioria dessas impressões, já que até os pneus opcionais de 17 pol (que incluem o estepe com roda de alumínio, mas sua medida segue a dos dianteiros) equipavam a versão na frota de avaliação. Diferença mesmo, só em detalhes de acabamento (que seriam mais se o C 200 fosse da versão Sport, mostrada nas fotos desta página), na ausência do comando no painel para o controle de estabilidade e, claro, no desempenho.

Se as qualidades de conforto são mantidas, ao explorar o 1,8-litro mais a fundo nota-se a menor potência, que no entanto atende às necessidades. Apesar dos 1.500 kg, os 156 cv e o bom torque em ampla faixa de giros dão conta do recado muito bem. Os próprios números de desempenho fornecidos pela fábrica (veja abaixo) apontam proximidade entre 180 e 200.

No restante, esses são os mesmos sedãs que avaliamos no lançamento do Classe C, em 2007, quando mostraram grandes qualidades: posição de dirigir muito bem projetada, sem intrusão do túnel central nos pedais, apesar da tração traseira; materiais internos de boa qualidade, sem chegar a ser luxuoso; amplo porta-malas para 475 litros e fartos itens de conveniência. Com 4,58 metros de comprimento, o modelo não é muito espaçoso, mas quatro adultos acomodam-se bem nos bancos de boa conformação e espuma firme, típicos de carros alemães de qualidade. O de trás poderia ter mais apoio para as coxas.

Para quem aprecia detalhes, nada como ver o limpador de para-brisa do lado direito descrever seu arco irregular, "culpa" do mecanismo pantográfico, para obter excelente área de varredura. Ou a seção interna do velocímetro ser aproveitada para informações como computador de bordo e mensagens de alerta, pois o ponteiro é preso pela extremidade. Ou ainda os amplos retrovisores externos com lentes biconvexas (até o direito) e o capô com dois fechos de segurança.

Seria tudo perfeito? Não: o mostrador elevado do sistema de áudio é um tanto pobre, com aspecto de anos 90, e nota-se a falta de alguns equipamentos como faixa degradê no para-brisa, sensores de estacionamento e, ao menos como opcionais, faróis com lâmpadas de xenônio. Soa anacrônico o freio de estacionamento acionado por pedal e liberado por alavanca: parece coisa de picape em tempos de comando elétrico até em carros de menor preço.

Ainda, a alavanca da coluna de direção com todos os comandos concentrados à esquerda, além de não ser muito prática, leva a confusão com outra menor acima dela, a do controlador de velocidade
— qualquer um não habituado à marca alemã aciona a segunda quando pretendia ligar uma luz de direção. De resto, o aspecto interno como um todo não condiz com a imagem de sofisticação que a marca desfruta, mas essa é uma concessão a ser feita em um modelo de entrada entre os Mercedes "de verdade" — os sedãs de tração traseira, categoria que não inclui os Classes A e B.

Essas versões do Classe C encontram forte concorrência, tanto nos compatriotas BMW Série 3 e Audi A4 — os únicos que a Mercedes considera adversários de fato — quanto em alternativas na mesma faixa de preço ou abaixo dela, como Chevrolet Malibu, Ford Fusion, Honda Accord, Hyundai Azera, Toyota Camry, VW Passat e Volvo S40. Mas os Mercedes estão bem situados em preço, conteúdo e desempenho naquele restrito clube de alemães e, agora, mais atraentes com o aperfeiçoado motor CGI.

Ficha técnica
MOTOR (C 180) - longitudinal, 4 cilindros em linha; duplo comando variável no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 82 x 85 mm. Cilindrada: 1.796 cm3. Taxa de compressão: 9,8:1. Injeção direta, turbocompressor e resfriador de ar. Potência máxima: 156 cv a 5.000 rpm. Torque máximo: 25,5 m.kgf de 1.600 a 4.200 rpm.
MOTOR (C 200) - longitudinal, 4 cilindros em linha; duplo comando variável no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 82 x 85 mm. Cilindrada: 1.796 cm3. Taxa de compressão: 9,3:1. Injeção direta, turbocompressor e resfriador de ar. Potência máxima: 184 cv a 5.250 rpm. Torque máximo: 27,5 m.kgf de 1.800 a 4.600 rpm.
CÂMBIO - automático, 5 marchas; tração traseira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson; traseira, independente, multibraço.
RODAS - 7 x 16 pol; pneus, 205/55 R 16 (C 180); 17 pol, pneus dianteiros 225/45 R 17 e traseiros 245/40 R 17 (C 200).
DIMENSÕES - comprimento, 4,581 m; largura, 1,77 m; altura, 1,444 m; entre-eixos, 2,76 m; capacidade do tanque, 59 l; porta-malas, 475 l; peso, 1.495 kg (C 180) e 1.505 kg (C 200).
Desempenho e consumo
  C 180 C 200
Velocidade máxima 220 km/h 232 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 9,0 s 8,2 s
Consumo em cidade 10,1 km/l 9,9 km/l
Consumo em estrada 18,5 km/l 18,2 km/l
Dados do fabricante; consumo conforme padrões europeus

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