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As versões de quatro cilindros do Mercedes-Benz Classe C, de grande
participação nas vendas da marca, recebem turbo e injeção direta

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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A grade com estrela no centro é agora padrão no Classe C, que tem três versões com os novos motores; rodas de 17 pol são opcionais no C 180

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A potência da versão 180 manteve-se em 156 cv, mas com aumento de torque em baixas rotações e menores consumo e emissões poluentes

No lugar do compressor, um turbo; em vez da tradicional injeção indireta, um sistema direto que trabalha com mistura estratificada: com essas alterações, que não trouxeram aumento de potência, a Mercedes-Benz anuncia reduções de consumo e emissões poluentes para as versões de quatro cilindros do Classe C, agora designadas como C 180 CGI e C 200 CGI (sigla para Charged Gasoline Injection).

Por mais alguns meses permanece disponível o antigo C 180 Kompressor com motor de 1,6 litro, ao preço sugerido de R$ 112.900, mas a fábrica logo o substituirá pelo novo CGI de 1,8 litro, que chega por R$ 114.900 no mesmo acabamento Classic Special. A versão 200 CGI (também de 1,8 litro, ao contrário do que o número faz supor), que elimina de imediato a 200 Kompressor, tem os acabamentos Avantgarde, por R$ 149.900, e Sport, a R$ 175.000, enquanto o C 300 Sport com motor V6 (R$ 219.300) e o esportivo C 63 AMG V8 (US$ 201.900) seguem inalterados. Com as novidades, a marca alemã espera que a participação do Classe C em suas vendas cresça de 30% para 40%.

Injeção direta não é novidade no mercado nem no segmento, já que o Volkswagen Passat a emprega desde 2006, seguido pouco depois por vários modelos da Audi. No entanto, a Mercedes considera que seu sistema é pioneiro no Brasil em manter a formação de mistura ar-combustível estratificada mesmo em altas rotações. Estratificado indica várias camadas — no caso, seções com diferentes proporções entre ar e combustível —, um elemento importante nas injeções diretas para se obter alta eficiência.

Segundo o fabricante, seu CGI é o primeiro sistema a usar esse tipo de mistura também em regimes elevados e com alta carga (abertura de acelerador), o que leva a reduções de até 15% em consumo e 22% em emissões. Contribui para tais resultados o aumento da taxa de compressão permitido pela injeção direta: nesse caso foi a 9,8:1 no C 180 e 9,3:1 no C 200, expressivas para um motor turbo. E por que a substituição do compressor — tão tradicional na Mercedes, que o usava já na década de 1920 nos lendários modelos S, SS, SSK e SSKL — pelo turbo? Mais uma vez, atender a normas cada vez mais severas de emissões, pois o segundo sistema de superalimentação obtém maior eficiência que o primeiro. No novo motor de 1,8 litro do Classe C o turbo opera com pressão máxima um tanto alta (1,2 bar) e conta com resfriador de ar.

Como já dito, não houve ganho de potência, mantida em 156 e 184 cv (C 180 e C 200, na ordem). O que melhorou foi o torque máximo: no C 180 CGI são 25,5 m.kgf na ampla faixa de 1.600 a 4.200 rpm, ante 23,4 m.kgf entre 2.800 e 4.600 rpm do antigo C 180 K (lembre que a cilindrada do novo é maior em 200 cm³), e no C 200 CGI apresentam-se 27,5 m.kgf de 1.800 a 4.600 rpm, contra 25,5 m.kgf de 2.800 a 5.000 rpm do antigo C 200 K. Portanto, as respostas em baixa rotação foram melhoradas de forma consistente.

Ambas as versões, assim como a C 180 K que logo sai de linha, participam do programa BlueEfficiency (eficiência azul, esta a "cor oficial" dos fabricantes alemães em projetos de baixas emissões, a exemplo da linha BlueMotion da VW), que afeta diversos parâmetros do carro em busca de menos poluentes e consumo. No Classe C isso significa retrovisores e aletas da grade dianteira com melhor aerodinâmica (o Cx informado com rodas de 16 pol é excelente, 0,26), transmissão alongada, pneus com composto reformulado para menor resistência ao rolamento, direção assistida hidráulica com válvula de desativação quando a assistência não é necessária (basicamente nas retas) e painel com o indicador de consumo instantâneo mais à vista, para estimular seu uso na orientação de como dirigir.

À parte essas mudanças, identificadas pelos logotipos BlueEfficiency nos para-lamas dianteiros e CGI na tampa do porta-malas, o carro pouco traz de novo. Uma das novidades restantes é que a grade mais esportiva de algumas versões, com a grande estrela de três pontas no centro, passou a ser padrão no modelo — houve clara preferência dos clientes em detrimento da outra, tradicional, com uma pequena estrela no topo. De resto, a Mercedes manteve os equipamentos de série, que compõem uma lista apreciável em sua categoria. Continua

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Data de publicação: 2/10/10

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