Por um futuro mais verde

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A Ford dá uma amostra de carros híbridos, a eletricidade e com pilha a
combustível, tecnologias para reduzir emissões poluentes e de CO2

Texto: Fabrício Samahá - Fotos do autor e de divulgação

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Já em produção nos EUA e cotado para o Brasil, o Fusion Hybrid soma um propulsor de 2,5 litros mais eficiente ao auxílio de um motor elétrico

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Semelhante às versões comuns por fora, o sedã pode chegar a 75 km/h rodando só com eletricidade; a caixa de câmbio é de variação contínua

A Ford aproveitou a viagem dos jornalistas brasileiros a Dearborn — sua sede nos Estados Unidos, próxima a Detroit, no estado de Michigan —, por ocasião do lançamento do novo Fiesta, para uma breve exibição de tecnologias de baixa ou nenhuma emissão poluente e de dióxido de carbono (CO2): carros híbridos, elétrico e movido a hidrogênio por meio de pilha a combustível. Um passeio em veículos "verdes" sob um agradável céu azul do fim de verão do Hemisfério Norte.

Quando dizemos breve, é breve mesmo: apenas uma volta em cada carro, em um circuito sinuoso de menos de um quilômetro, estava prevista. Quem é persistente e paciente sempre consegue andar um pouquinho mais, e foi nosso caso, mas ainda assim não passou de um contato inicial para as primeiras impressões ao dirigir — sobretudo com os modelos elétrico e a hidrogênio, que são protótipos ainda não finalizados para produção em série.

Estavam disponíveis versões híbridas do sedã Fusion (opção que deve chegar em breve ao Brasil, embora a Ford não confirme) e do utilitário esporte Escape, um Focus elétrico e outro com pilha a combustível.

Gasolina e eletricidade   O Fusion e o Escape — que lembra nosso EcoSport, mas é maior — híbridos são modelos já à venda no mercado norte-americano e compartilham muitos componentes mecânicos. O princípio de usar um motor elétrico para auxiliar a unidade a gasolina, ou para mover o carro em baixas velocidades e por pequenos trajetos, é bem conhecido naquele país que conta também com carros desenhados para esse tipo de propulsão, como o Toyota Prius e o Honda Insight.

O quatro-cilindros de 2,5 litros pode parecer o mesmo do Fusion vendido aqui, mas não é: trabalha no chamado ciclo Atkinson, inventado por James Atkinson em 1882, que aumenta a eficiência do motor. Ao se manterem as válvulas de admissão abertas por mais tempo que no ciclo normal, cria-se um fluxo reverso de ar no coletor de admissão, o que reduz em termos práticos a taxa de compressão sem alterar a taxa de expansão. Com maior taxa de expansão que de compressão (que em teoria é de 12,3:1, bem mais alta que a de 9,7:1 do motor convencional), obtém-se mais energia do processo de combustão. A desvantagem é que menos mistura ar-combustível chega efetivamente ao motor, o que reduz sua potência.

Com variação do tempo de válvulas de admissão, o motor desenvolve 156 cv e torque de 18,8 m.kgf, que se combinam aos da unidade elétrica (106 cv e torque não fornecido) durante as acelerações a plena carga para resultar em potência combinada de 191 cv (não se trata de somá-las simplesmente). No Escape os valores são mais baixos. As baterias são de hidreto metálico de níquel (NiMH). Os carros trazem ainda caixa de variação contínua (CVT); ar-condicionado com compressor elétrico, mais eficiente; freios regenerativos, que aproveitam a energia das frenagens para armazenar energia nas baterias; e revestimento interno em tecido 100% reciclado quando não é usado couro.

Percursos curtos podem ser cobertos apenas com o motor elétrico, sendo possível atingir 75 km/h no Fusion e 40 km/h no Escape. A unidade a gasolina é desligada quando não se exige potência, como ao desacelerar e aguardar parado no trânsito, e volta a funcionar automaticamente quando desejado. Para acomodar as baterias, contudo, o porta-malas perde capacidade: no caso do sedã, cai de 467 para 334 litros pelo método usado nos EUA, que resulta em valores menores que os informados aqui. Continua

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Um destaque do Fusion é o quadro de instrumentos que pode ser configurado para exibir as informações desejadas; note as "folhas da eficiência"

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Data de publicação: 24/8/10

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