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Inédito para nós, o utilitário esporte Escape -- maior que um EcoSport -- usa a mesma mecânica do Fusion, mas fica devendo seu painel digital

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O Focus elétrico é um sedã da primeira geração reestilizada nos EUA, mas a Ford lança em 2011 a mesma mecânica já na terceira geração

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O mostrador no lugar do conta-giros aponta o consumo de energia no Focus BEV; atrás da portinhola do antigo tanque, o ponto para recarga

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O painel de instrumentos do Escape é convencional: a única pista de que se trata de um híbrido é o mostrador que indica o consumo de energia elétrica ou a recarga das baterias. Já o do Fusion traz um interessante conjunto digital de cristal líquido, em cores e em alta resolução, à exceção do velocímetro analógico. Os mostradores à esquerda e à direita podem ser configurados para exibir informações como nível de combustível e de carga das baterias, consumo de energia elétrica para mover o carro e para alimentar acessórios (em separado), rotação do motor, consumo instantâneo e consumo médio. Também curiosas são as "folhas da eficiência": a imagem de folhas de árvore que crescem quando se dirige de forma mais econômica e menos poluente.

Dirigir o Escape não ajuda muito por falta de referência, já que é um modelo não disponível no Brasil. O que se nota — além da maciez excessiva das suspensões para o tipo de circuito, que deixa o utilitário instável — é que o desempenho atende bem à expectativa, sendo surpreende para um motor de 2,5 litros em um veículo pesado. De acordo com a Ford, a aceleração de 0 a 100 km/h é similar à de uma versão a gasolina que tivesse 200 cv.

Melhor comparação se obtém no Fusion, já que existem por aqui tanto a versão de quatro cilindros quanto a V6: a sensação de pronta resposta ao acelerar lembra mais a do V6, embora sem o ronco agradável desse motor. De fato, testes da imprensa norte-americana têm mostrado desempenho intermediário entre os dessas versões (com aceleração de 0 a 100 km/h em menos de nove segundos), aliado às vantagens de consumo e emissões bem menores que os de ambos. O motor sendo desligado e religado é praticamente imperceptível, nem se nota qualquer outro comportamento ou ruído anormal.

No ciclo padrão usado nos EUA, o Fusion Hybrid consegue 17,3 km/l em cidade e 15,2 km/l em estrada (isso mesmo: consome menos no trânsito, onde pode usar por mais tempo a propulsão elétrica), contra 9,7/13,9 km/l do quatro-cilindros comum e 7,6/11 km/l do V6 de tração integral, sempre pelos dados de lá e com gasolina sem álcool (no Brasil gastaria 10% a mais só por esse fator). E há mais um benefício no híbrido: como é mantido o tanque de combustível de 66 litros do 2,5 a gasolina, sua autonomia em cidade ultrapassa 1.100 km! Dependendo do preço a que a Ford chegar no mercado brasileiro — nos EUA a versão única custa US$ 3,3 mil a mais que o SEL quatro-cilindros comum —, terá sucesso garantido.

Focus elétrico  
Carros puramente elétricos foram tentados no passado — a General Motors chegou a oferecer um projeto específico nos EUA, o EV1, nos anos 90 — e não deram certo, mas a ideia volta a ser estudada nesses tempos de consciência ambiental. O conceito Focus BEV (Battery Electric Vehicle) que dirigimos foi apresentado em 2009 naquele país e ainda não chegou ao mercado. Isso deve acontecer no próximo ano, já com a mecânica incorporada ao Focus de terceira geração.

Com base em um sedã do atual modelo norte-americano (que tem estilo próprio, mas deriva da primeira geração não mais vendida no Brasil), a Ford aplicou uma propulsão elétrica desenvolvida com a parceira Magna. Nesse caso não existe motor a combustão: apenas o elétrico, alimentado por baterias de íon de lítio, a mesma tecnologia usada nas de computadores portáteis e câmeras digitais. Elas são mais leves e eficientes que as de NiMH hoje empregadas nos híbridos da Ford.

Com sete módulos de 14 células de íon de lítio, montados no porta-malas e abaixo dos bancos, o Focus BEV obtém 23 kilowatts-hora de energia e pode receber recarga total em seis ou 12 horas, conforme a fonte seja de 220 ou 110 volts, na ordem. As baterias completas permitem rodar cerca de 130 km, autonomia que a Ford pretende ampliar para 160 km antes de colocar o carro à venda. O motor elétrico fica na frente, como o do Focus normal, e o ar-condicionado também usa compressor elétrico.

Na breve avaliação o Focus BEV mostrou desempenho razoável, aproveitando a característica dos motores elétricos de oferecer o torque máximo por toda a faixa de rotações, sem precisar atingir seu pico em um regime elevado, como acontece com os motores a combustão. Outra vantagem é o nível de ruído mínimo. Mas seria preciso andar mais e em melhores condições, como em estrada, para perceber se nesse estágio de evolução ele já constitui uma alternativa válida. Continua

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