


Com frente e traseira
refeitas, o Fusion ganhou ar mais moderno; as versões V6 (fotos) e
quatro-cilindros são praticamente iguais por fora

A unidade de 3,0 litros tem
comando e coletor variáveis e desenvolve 243 cv, mas as respostas em
baixa rotação poderiam ser mais prontas |
Com novo desenho externo, novidades internas e novos motores, o que
inclui a inédita versão V6 com tração integral, o Ford Fusion fabricado
em Hermosillo, no norte do México, chega ao Brasil reformulado na linha
2010 para continuar com sua trajetória bem-sucedida.
Quando chegou em 2006, o Fusion ocupou uma faixa de mercado em que a
Ford não tinha um forte representante — o Mondeo trazido da Europa era
mais caro, menor e menos potente — e fez frente às versões de topo dos
sedãs nacionais que nadavam de braçada. Aquele modelo tinha um porte
maior que seus concorrentes, nível de equipamentos muito atrativo e um
preço que incomodou a concorrência. Apesar de todas essas qualidades,
alguns itens não agradavam a todos, como as lanternas traseiras cromadas
e o motor de quatro cilindros e 2,3 litros sem opção por um V6.
Atenta a tudo isso, a Ford começou a pensar na evolução do modelo e a
informar a matriz norte-americana sobre o que o mercado brasileiro, o
terceiro maior consumidor de Fusion, queria na próxima atualização. E
muitas das reivindicações foram atendidas, com destaque para a opção de
motor V6 — mais sobre ela adiante. O preço sugerido da versão de quatro
cilindros subiu bem pouco, de R$ 83.620 para R$ 84.900, mas o antigo
modelo 2009 vinha sendo vendido ao redor de R$ 65.000. O V6, com mesmo
acabamento SEL, custa R$ 99.900.
Com a porção dianteira e a traseira reformuladas, o Fusion 2010 traz
elementos de desenho que mantêm sua personalidade. A grade dianteira
formada por três lâminas cromadas continua e está ainda mais evidente, a
ponto de causar controvérsia — há quem a ache exagerada, mas na opinião
do autor manteve a identidade e lhe deu ares mais modernos. Os novos
faróis de duplo refletor têm desenho horizontal, em vez de vertical, e
usam máscara negra. O para-choque tem novo desenho e entradas de ar
maiores, ladeadas por um friso cromado; nas laterais estão os faróis de
neblina. Na parte traseira, a reforma também foi ampla. A tampa do
porta-malas foi redesenhada de modo que a placa de licença veio um pouco
mais para baixo; acima dela estão uma régua cromada e a terceira luz de
freio, compondo um conjunto harmônico.
Há ainda nessa tampa uma linha que a atravessa no mesmo nível da régua
cromada. As lanternas, tão controversas no modelo anterior, deixaram de
lado o acabamento cromado e receberam uma estrutura em forma de colméia,
dando um efeito de leds na iluminação
traseira, além de sua base ter novo corte com um degrau inexistente no
antigo. Nas laterais, a mudança se resume às novas rodas, já que não
houve alteração de carroceria. No geral, pode-se dizer que o desenho do
Fusion evoluiu. As únicas diferenças entre as duas versões agora
existentes são a dupla saída de escapamento e o emblema “V6” na tampa
traseira da mais potente. Até as rodas são as mesmas em ambas, com o
mesmo aro de 17 pol do anterior.
Internamente as mudanças são mais discretas. O painel está mais
encorpado, com um desenho mais robusto e o quadro de instrumentos com
novo desenho, de melhor visualização e nova iluminação permanente,
chamada Ice Blue (azul-gelo). O console central do painel, redesenhado,
traz um excelente sistema de áudio em ambas as versões ou ainda, na V6,
o sistema de entretenimento Sync, desenvolvido pela Microsoft. Esse
sistema abriga o rádio/CD/MP3, toca-DVDs, entrada USB para pendrive ou
MP3 externo, conexão Bluetooth para
celular e disco rígido de 10 Gb para armazenar músicas e fotos.
Continua |