O novo painel tem marcadores analógicos de combustível e temperatura e, na versão Trend, fundo eletroluminescente, que combina com o tom prateado da seção central; note o bom aspecto dos difusores de ar

Com o antigo e o novo, lado a lado, a impressão de robustez se confirma: o Fiesta ficou mais imponente

Os mostradores de combustível e temperatura digitais em cristal líquido (LCD), sempre criticados pelo Best Cars, são passado: voltam os práticos instrumentos analógicos, entre o velocímetro e o conta-giros, que agora têm fundo eletroluminescente no Trend. A iluminação permanece em verde. Inesperado é o incômodo da forte luz indicadora de farol alto aceso, que exige correção urgente. Ainda no Trend, o revestimento opcional dos bancos combina couro na área externa e tecido aveludado na seção central, assim como nas portas.

O resultado agrada, mas o acabamento de série usa um tecido áspero (em cinza claro no centro, com quatro padrões conforme a versão, e preto no restante) que continua a dar saudades dos Fords da década passada. Também não vieram melhorias há muito pedidas, como melhor apoio lateral nos bancos e um volante de pega mais macia (quando não revestido em couro) e ajustável em altura. O controle remoto da trava das portas é o mesmo, um chaveiro pendurado à chave, e só na versão de topo os cintos do banco traseiro são retratéis — as demais usam o tipo fixo, que acaba solto ou mal ajustado aos ocupantes.

As versões   Com um motor flexível de 1,0 litro recém-lançado (leia avaliação) e um 1,6 ainda bem situado na categoria, era cedo para a empresa mexer na mecânica. Só o tanque de combustível aumentou em 20%, de 45 para 54 litros, como já acontecera no EcoSport 2007, e foi revisto o revestimento fonoabsorvente na tentativa de reduzir ruídos. O resultado não é dos melhores: ainda se ouve bem o motor acima de 4.000 rpm e o câmbio abaixo disso, além de barulhos de rodagem. De resto, é o Fiesta conhecido, com bom desempenho na versão 1,6 (o que não pode ser dito da 1,0, cujo motor é claramente inadequado ao peso do carro), suspensão bem calibrada e um câmbio de engates corretos e com alavanca bem à mão. Continua