Best Cars Web Site

Um veterano ainda na briga

Clique para ampliar a imagem

Aos 10 anos de mercado, o S10 não esconde o envelhecimento,
mas ainda tem atributos em um segmento muito disputado

Texto e fotos: Fabrício Samahá
Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Grade, faixa na traseira, molduras nos pára-lamas: detalhes estéticos para manter um picape que, em estilo, há tempos ficou para trás dos lançamentos

Por quanto tempo é possível manter o sucesso de um veículo no mercado? Quando se trata de Brasil, a resposta pode ser dada em décadas — duas no caso do Uno e do Santana, três no do Fusca e quase cinco no da Kombi, por exemplo. Diante desses ícones de longevidade, o picape médio da General Motors, o S10, parece até um recém-chegado, apesar dos 10 anos de produção nacional na mesma geração.

Das várias evoluções que o S10 recebeu desde março de 1995, quando estreou por aqui, a última é o motor turbodiesel com injeção eletrônica de duto único, adotado em agosto último para atender às novas normas de emissões poluentes para utilitários. Ao contrário da Ford e da Toyota, que aplicaram ao Ranger e ao novo Hilux propulsores de 3,0 litros bem mais potentes que os anteriores (163 cv), a GM optou por uma versão pouco evoluída do MWM de 2,8 litros usado desde 2000, cuja potência cresceu apenas de 132 para 140 cv. O aumento de torque máximo foi ainda mais sutil: de 34 para 34,7 m.kgf às mesmas 1.800 rpm.

O resultado foi um ganho de desempenho imperceptível ao motorista. Como antes, o motor mostra ligeira hesitação em rotações bem baixas, até 1.500 ou 1.800 rpm, até que o turbocompressor passe a "soprar" com ímpeto e deixe o picape um tanto ágil para seu tamanho e peso (veja simulação de desempenho e consumo). Durante todo esse processo, quem dirigiu a versão antiga nota os menores níveis de ruído e vibração, mas que estão longe de agradar: comparado ao Hilux, nova referência do segmento nesse aspecto, o S10 ainda parece ter motor de trator. Se em velocidades de viagem há razoável silêncio, no uso urbano e especialmente em marcha-lenta o tec-tec habitual dos motores diesel permanece bem audível. Não há como chegar sem ser notado.

E talvez seja esse o objetivo da GM com o atual S10, ao menos no que toca ao visual. Dentro da tendência de tornar os picapes mais imponentes, a fábrica aplicou um pacote olhem-para-mim à linha 2005, com uma grande tomada de ar no capô (não funcional, pois o resfriador de ar não está ali embaixo), molduras alargadoras de pára-lamas e uma faixa com o nome Chevrolet em toda a largura da tampa traseira. Há também uma nova grade com frisos em cruz, que parece emprestada pela Dodge.

Como uma velha senhora que recorre ao excesso de maquiagem para parecer mais jovem, o picape — apesar dos adereços, que têm seus apreciadores — não consegue esconder a idade diante de concorrentes como o Hilux, o Mitsubishi L200 Sport ou mesmo o Nissan Frontier (os dois últimos já substituídos no mercado internacional, como o S10). Mas o envelhecimento não seria um problema se afetasse apenas a aparência. O que incomoda é perceber que, nestes 10 anos, muito pouco foi aprimorado pela GM em termos de ambiente interno — a não ser, claro, o requinte e os itens de conveniência que a versão Executive oferece desde sua introdução, em 1999. Continua

Avaliações - Página principal - Escreva-nos - Envie por e-mail

Data de publicação: 3/12/05

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade