Nos bancos revestidos em tecido
e couro sintético, pouco conforto: o motorista senta-se torto
em relação aos pedais e ao volante, enquanto na traseira o espaço está
abaixo da média



Logotipo bordado nos bancos,
nova grafia dos instrumentos, um ótimo volante de menor diâmetro:
elementos internos do Rallye que fazem adeptos
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A série especial custa R$ 29,5 mil, já com direção assistida e as rodas, mas
sem muitos itens de conforto (veja relação).
O Gol Power, com equipamentos internos semelhantes e o mesmo motor, mas sem os
adereços de estilo do Rallye, sai por R$ 27,8 mil. Portanto, a edição
limitada não deixa de ser interessante.
Quem
conhece bem o Gol 1,6 pouco notará de diferente ao dirigir o Rallye. A
suspensão alta não afeta muito o rodar, que é mais duro do que o ideal,
mas facilita transpor certas lombadas e valetas, sobretudo com o veículo
carregado. O perfil dos pneus, mais alto que o dos 195/50-15 (opcionais
em algumas versões), suaviza um pouco os impactos, sem chegar ao
isolamento que se conseguiria com um perfil alto, como 185/65-14.
Em
contrapartida, a boa estabilidade do carro pouco se alterou, sendo
possível tomar as curvas com confiança. Os amortecedores dianteiros é
que deveriam ter maior carga, para conter certos movimentos ao acelerar
e desacelerar.
Câmbio longo
O motor 1,6
flexível funciona bem com gasolina ou álcool (certa dificuldade a frio,
notada na Parati City, não apareceu desta
vez, talvez pela temperatura ambiente mais alta nesta época do ano),
gira com suavidade e entrega desempenho bem satisfatório. Embora muito
bom em relação r/l (saiba mais sobre técnica),
ruídos e vibrações chegam em grande parte ao interior, o que denota
pouco cuidado com esse fator de conforto.
Nossa simulação (veja análise) apontou boas
marcas de aceleração (como 0 a 100 km/h em 12,1 segundos com álcool) e velocidade máxima
(181 km/h), aliadas a um consumo adequado. Contribui para este aspecto –
e para o conforto acústico em estrada – o uso de relações longas no
câmbio, algo muito raro em se tratando de um Volkswagen. Na cidade
pode-se esquecer a quinta marcha, assim como no dirigir vigoroso em
estrada: muito mais prático do que o irritante câmbio curto do Polo 1,6,
por exemplo, que impõe uma sucessão de mudanças de marcha no uso urbano
e o faz "berrar" a 120 km/h em rodovias.
Continua |