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Concebido para ameaçar o reinado do Strada, o Montana adota uma cabine pouco mais longa que o usual, o que torna possível colocar bagagens atrás dos bancos, sem impedir levar uma moto na caçamba. Esta é a maior da categoria em volume — 1.143 litros —, assim como a capacidade de carga: 735 kg, motorista incluído, contra cerca de 700 kg dos concorrentes. O acesso a ela é facilitado por um recesso lateral, onde se pode apoiar o pé, e há seis ganchos na parte superior externa da caçamba e quatro na parte interna. É fácil retirar a tampa traseira (só desencaixar), útil para transportar cargas compridas, mas podendo levar ao furto da peça.

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O pacote Sport inclui rodas de 15 pol, capota marítima na caçamba e outros
detalhes de bom gosto. O motor 1,8 flexível em combustível é de série

Contribui para o espaço interno a colocação do estepe sob a caçamba, não mais atrás do banco do passageiro como no Corsa Pickup, mas a posição não é muito prática, além de poder ser facilmente furtado. Não se trata, porém, de cabine estendida, como alguns chegaram a divulgar. Os pequenos vidros nas colunas centrais existem apenas para evitar um grande ponto-cego, já que as portas são as mesmas do novo Corsa — portanto, de um carro de quatro portas. Já o Strada, assim como o antigo modelo da GM, usa portas de automóvel de duas portas, mais longas, o que dispensa os pequenos vidros.

A aparência imponente do Montana é garantida, com os largos pára-lamas traseiros chegando a lembrar o do picape-roadster SSR da Chevrolet americana. O formato das colunas centrais, mais inclinado que o próprio vidro, tem até um ar de El Camino e, na traseira, as lanternas com três elementos circulares têm seu charme. Embora haja certa saturação de detalhes, em contraste com a harmonia do antigo Corsa Pickup, é certo que a novidade vai agradar aos que apreciam um ar robusto. A nosso ver, é no pacote Off Road que adereços como as molduras dos pára-lamas combinam mais com a proposta do veículo.

Por dentro, o ambiente é o mesmo do novo Corsa, com posição de dirigir nitidamente superior à de seu antecessor, mas melhorável em alguns aspectos — como exemplos, o ajuste de altura do banco não é prático e a iluminação do painel parece pobre, em tom amarelado. Detalhes positivos são o controle elétrico dos vidros com função um-toque e a presença de conta-giros em toda a linha. Como a GM anuncia, é bom o espaço para motoristas mais altos, com curso adequado de ajuste do banco.

Destaque: a caçamba mais ampla da categoria, para 1.143 litros, que se
soma à capacidade de carga também líder. Nas laterais, apoios para os pés

Eixo de torção   Embora derivado da plataforma do novo Corsa, com subchassi dianteiro (o modelo anterior era o único da categoria sem esse recurso), o Montana possui distância entre eixos bem maior: 2,714 metros, como no furgão Combo da Opel alemã, ante 2,49 m do hatch e do Sedan. É o maior modelo da família nessa medida, já que a minivan Meriva fica em 2,63 m. A GM não foi tímida desta vez, já que o Corsa Pickup media apenas 4 cm a mais entre os eixos que o Corsa antigo.

Sua suspensão é uma mescla de soluções do Combo e da Meriva, segundo os engenheiros da GM. A traseira substitui o eixo rígido com mola parabólica, usado no picape anterior e nos concorrentes Strada e Courier, por um eixo de torção com mola helicoidal, mesmo conceito do Corsa e, na categoria, do Saveiro. Embora custe mais, o eixo de torção tem a vantagem de criar relativa independência entre as rodas, o que favorece o conforto.
Continua

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