


A seção central do painel em
prata agrada, mas não a iluminação amarelada dos instrumentos, um ponto
a ser revisto. Com cobertura de série, a caçamba comporta 1.143 litros,
a maior da categoria



O motor 1,8 flexível em
combustível deixa o Montana ágil em baixas rotações, mas um tanto áspero
nas altas. O melhor é explorar sua grande estabilidade, ainda melhor com
os pneus 185/60-15 da versão Sport |
Por dentro também há
novidades, mas o resultado está longe de impressionar como o visual
externo. O painel ganha acabamento prateado na seção central (assim como
o pomo de câmbio), o tecido dos bancos combina cinza e vermelho e os
instrumentos trocam o fundo preto pelo branco, com uma iluminação
amarelada de mau gosto e nada funcional — é preciso reduzir sua
intensidade para não incomodar a vista à noite. Está mais que na hora de
a GM abandonar essa solução, em vez de aplicá-la a mais modelos como
ocorreu com a Zafira.
À parte os mostradores, o interior do Montana permanece agradável e
funcional. O acabamento é adequado à categoria, há bom espaço para
recuar os bancos ou acomodar bagagens atrás deles, a posição de dirigir
é das melhores e o controle elétrico dos vidros segue o padrão da marca,
com função um-toque,
sensor antiesmagamento,
temporizador e fechamento automático
ao trancar o carro por fora. Pena que os botões fiquem tão recuados na
porta, em uma posição incômoda.
Outros bons detalhes: travamento automático das portas ao rodar, sua
abertura em dois estágios (a do motorista em separado), porta-óculos no
teto, alarme com sensor de ultra-som, pára-brisa com faixa degradê, bom
rádio/toca-CDs. Muito bem-vindo é o vidro traseiro verde mais escuro
(transparência de 50%, o mínimo exigido por lei), que elimina o incômodo
do sol sem prejudicar a visibilidade. Esta, aliás, é um ponto crítico do
Montana: com colunas largas e caçamba muito alta, cria grandes pontos
cegos e dificulta as manobras em marcha à ré, pois não se vê mais que o
topo do pára-brisa do carro de trás.
Agilidade Um
dos pontos que depõem contra a esportividade do Montana é a aspereza de
funcionamento do motor 1,8-litro, já bem conhecida de nossos leitores
habituais. Não fica bem a um veículo com essa proposta "arranhar" em
altas rotações como um típico utilitário, e é o que se nota ao superar
3.500-4.000 rpm com ele. No entanto, a boa relação peso-potência (10,5
kg/cv com álcool) e o torque bem distribuído permitem trafegar com
agilidade sem superar essa faixa, exatamente como no Saveiro TSi.
Quem não se incomodar com a aspereza terá à disposição um picape rápido,
que obteve aceleração de 0 a 100 km/h em 11,3 segundos e velocidade
máxima de 176 km/h em nossa simulação com a versão Off-Road (leia
avaliação) com uso de álcool. Ao usar gasolina as marcas caem
ligeiramente, pela perda de potência de 109 para 105 cv. O consumo é bem
menor com o derivado de petróleo, mas não a ponto de compensar a
diferença de preço por litro em boa parte do País.
Continua |