
O Skydome: uma ampla área
de vidro no teto, em que a seção dianteira pode ser erguida ou
correr sobre a traseira



Capacidade de bagagem
similar à da Meriva, que cedeu o motor 1,8, mas um pouco mais
potente; os pneus da HLX são largos 195/60-15 |
O
interior da Idea traz boas soluções, algumas inéditas em um carro
nacional. É o caso do teto solar Skydome (sky, céu; dome,
cúpula), opcional: 70% da área do teto
é envidraçada e a parte sobre os bancos dianteiros pode deslizar ou
inclinar, com um comando elétrico dotado de função
um-toque e sensor antiesmagamento
(as cortinas são manuais). A Fiat espera que até um quarto das unidades vendidas tragam
esse opcional, que custa cerca de R$ 4 mil. O console de teto traz
quatro porta-objetos e um espelho
convexo retrátil que permite monitorar o banco traseiro, ótimo para levar
crianças, como na Citroën C8.
Ainda, é o primeiro modelo brasileiro com vidros laterais laminados (de
série só na HLX), mais resistentes a impactos e que
reduzem o nível de ruído. O índice de articulação, que mede a facilidade
com que os ocupantes podem conversar sem elevar a voz, melhora em 7%.
Além disso, sua filtragem de raios
ultravioleta, nocivos à pele, chega a 99,5%, contra 82% dos temperados.
Os da coluna central para trás são escurecidos, com transparência de 55%
— o mínimo exigido por lei é de 50%. Já era mesmo hora de os fabricantes adotarem vidros
assim, que dispensam a colocação de película pós-venda, nem sempre
feita com perfeição e dentro dos limites legais.
De negativo, a instalação pós-venda do alarme (uma peça preta sobre
local branco, acima do retrovisor interno), a falta de saídas de ar
para o banco traseiro e a posição baixa demais das dianteiras
— problema já notado no Palio e mais grave neste carro, pela altura
do teto.
Motor 1,8
revisto Já se sabia que a Idea viria com os motores de 1,4 e 1,8 litro
conhecidos da linha Palio, mas a Fiat reservou algumas novidades ao
segundo, como virabrequim e trem de válvulas mais leves e acionamento de válvulas por
alavanca roletada, que trouxeram razoável ganho de potência. São
6 cv adicionais com gasolina e 4 cv com álcool, enquanto o torque máximo subiu
0,3 e 0,1 m.kgf, na ordem, em regime 200 rpm mais baixo. A 2.000 rpm
houve ganho bem expressivo, 1 m.kgf. Pena que a Fiat tenha perdido a
oportunidade de subir a taxa de compressão (10,5:1), baixa demais para
uso de álcool. O 2,0-litros de mesma fabricação (GM) já chegou a
11,6:1. Já o 1,4 é exatamente o mesmo, com 80/81 cv.
O lançamento à imprensa permitiu bom percurso de avaliação com ambas as versões. A HLX revela desempenho bem
adequado, graças ao menor peso e ao motor mais potente que
o da Meriva. Continua, é verdade, um tanto áspero em
médias e altas rotações, o que não o compromete mais por ser possível
trabalhar abaixo de 3.500 rpm a maior parte do tempo. Já a ELX fica
devendo em potência, sobretudo em maior velocidade, mas desenvolve bem
no uso urbano, de forma compatível com o Fit 1,35-litro. Esse motor
não chega a ser suave, mas vibra menos que o 1,8. Continua |