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Mesmo com revestimento em couro, o interior transparece sua simplicidade nos materiais plásticos e nas falhas de acabamento. Mas a posição de dirigir é boa, assim como o conforto no banco traseiro

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Acabamento decepciona   É pena que as boas impressões não vão muito longe. Mesmo nesta versão de topo e com revestimento dos bancos em couro, opcional, o interior do EcoSport deixa a desejar: o acabamento é simples e utiliza materiais típicos de carros de um terço de seu preço, como os plásticos rígidos — alguns com rebarbas — no painel e nas portas.

Os parafusos que fixam os trilhos dos bancos ficam à mostra e nota-se a falta surpreendente de itens baratos, como os interruptores da luz interna nas portas traseiras — o interior não é iluminado ao serem abertas. Por falar nestas, seria conveniente uma guarnição nas próprias portas (existe apenas no batente) para evitar que o contorno das caixas de roda se sujasse tão facilmente — é inevitável que os passageiros encostem ali a perna ao descer.

A cobertura do compartimento de bagagem fica parcialmente solta, fazendo ruídos, e as colunas "C" (as posteriores das portas traseiras) exibem a chapa por dentro. Como nos Fiestas já avaliados, os painéis de carroceria mostram folgas grandes e irregulares e os comandos de ventilação parecem frágeis. Num todo, o acabamento e a qualidade aparente do EcoSport são adequados a um carro de não mais de R$ 20 mil.

À parte esse inconveniente, que a Ford já passou da hora de resolver — quando perceberá a importância de resgatar sua antiga imagem de bom acabamento? —, o interior do utilitário agrada. É bastante espaçoso para as pernas e cabeças, embora não muito em largura, e mesmo no centro do banco traseiro há boa acomodação. Neste aspecto ele se mostra superior ao próprio Fiesta, que já é um dos pequenos mais espaçosos.

O motorista conta com ajustes de altura do volante (inédito na linha Fiesta) e do banco, mas o acelerador deveria ser bem mais leve e ficar mais à direita, pois cansa em viagens. A culpa parece ser do console, largo demais — talvez prevendo espaço para a futura tração integral. Outro incômodo são os bancos muito planos, que não retêm o corpo em curvas, e com assento muito curto.

O painel e a maioria dos comandos são similares aos do Fiesta. Os instrumentos ficaram mais legíveis, quando se roda de faróis acesos durante o dia, com o emprego de fundo preto em vez de cinza-claro. Mas permanecem os pequenos marcadores de combustível e temperatura, de cristal líquido, cuja leitura requer atenção.

Pontos positivos são o ótimo espaço para objetos (incluindo um junto ao teto e outro, para garrafa, no console), práticos difusores de ar emprestados do Ka, boa varredura dos limpadores de pára-brisa, tomada de energia 12V no porta-malas e retrovisores de bom tamanho, embora o esquerdo não seja convexo. Continua

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