



O porta-malas de 437 litros satisfaz, mas os porta-objetos -- muitos,
boa parte com tampa -- é que realmente cativam, acrescentando
conveniência no dia-a-dia
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Motor brilhante
A falta de opcionais é mesmo uma pena porque tende a fazer o comprador
decidido pelo Corolla escolher a versão superior, que vem com um motor
de 1,8 litro já criticado pelo BCWS pelo funcionamento áspero (saiba
mais sobre técnica). Já o 1,6 exclusivo do XLi é brilhante: a não
ser por ligeira aspereza em rotações médias, na faixa de 3.000 rpm, está
livre de vibrações, sendo um prazer para o entusiasta levá-lo ao limite
de giros, marcha após marcha. Os mais tranqüilos não o acharão ruidoso,
apesar do câmbio mais curto que o do 1,8 e a falta de revestimento
fonoabsorvente sob o capô da versão.
Muitos torceriam o nariz para um carro desse porte com apenas 1.600 cm³
de cilindrada, mas o motor Toyota desfaz qualquer preconceito. Com a
ajuda do variador de fase VVTi,
entrega torque palpável desde as mais baixas rotações e deixa o Corolla
(que não é tão pesado, 1.105 kg) ágil o bastante para o trânsito, sem a
impressão de estar subdimensionado. A simulação de desempenho do BCWS
indicou marcas bem adequadas a sua proposta (saiba mais),
assim como as de consumo, mas o acelerador deveria ser mais leve.
Além do motor, o restante do conjunto mecânico está bem acertado: bons
engates de câmbio (às vezes difíceis no carro avaliado, certamente por
ser zero-quilômetro), marcha a ré sem travas desnecessárias (é como uma
sexta marcha), rodar confortável, insensibilidade a lombadas,
comportamento dinâmico correto. O XLi usa pneus 185/70-14 em vez de
195/60-15, perfil alto para os padrões de hoje, mas os Pirellis P6000 de
nosso carro desempenharam muito bem, sem "dobrar" sob as rodas em
demasia como alguns pneus desse tipo.
Continua |
O Corolla XLi saiu-se
bem na simulação elaborada com o Simulador de Desempenho do
consultor Iran Cartaxo, com exclusividade para o BCWS. Os
números são bem coerentes com a proposta de um sedã familiar,
sobretudo uma versão básica.
De modo geral o desempenho é semelhante ao do Peugeot 307,
também com motor 1,6 16V de 110 cv, mas o Toyota tem melhores
retomadas, talvez pelo variador de
fase. Já seu consumo em cidade foi um pouco maior, mas ainda
adequado ao tipo de carro. Na estrada obteve 14,1 km/l, mesmo
com um ciclo de medição mais rigoroso que o adotado pelos
fabricantes.
Interessante ainda comparar o Corolla XLi ao
SE-G 1,8 de 136 cv:
avaliado apenas com câmbio automático, este foi mais veloz (em 9
km/h), mas acelerou de 0 a 100 em apenas 0,3 s a menos, pelas
perdas inerentes a esse tipo de caixa (é também mais pesado e
tem pneus mais largos). |
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Velocidade
máxima |
187 km/h |
Regime à
vel. máxima (5ª.) |
5.700 rpm |
Regime a
120 km/h (5ª.) |
3.650 rpm |
Potência
consumida a 120 km/h |
28 cv |
Aceleração de 0 a
100 km/h |
12,8 s |
Aceleração
de 0 a 400 m |
18,8 s |
Aceleração
de 0 a 1.000 m |
33,7 s |
Retom. 80 a 120 km/h
(5ª.) |
16,6 s |
Retom.
60 a 100 km/h (4ª.) |
12,0 s |
Consumo em
cidade |
8,5 km/l |
Consumo em
estrada |
14,1 km/l |
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