Inseridos os dados no
simulador do consultor Iran Cartaxo, era grande a
expectativa: qual venceria, o mais potente e leve ou o de maior
torque?
Os resultados mostraram vantagem do Corolla em quase todos os
quesitos. Foi mais rápido nas acelerações, na retomada e, por
boa margem, mais econômico em cidade e estrada. Contribui para
seu menor consumo a relação final bem mais longa (em 13%), pois
o Focus teve o diferencial encurtado, na versão sul-americana,
em relação à que roda nos Estados Unidos.
O equilíbrio apareceu apenas na velocidade máxima, apesar do
favoritismo do Corolla pela maior potência e melhor
aerodinâmica. No entanto, suas relações de marcha o deixam na
chamada "zona do crepúsculo": a terceira é muito curta e a
quarta muito longa, ficando 1.500 rpm abaixo do regime de
potência máxima (6.000 rpm). No Focus a situação beira o
equilíbrio, pois faltam apenas 350 rpm para alcançar a potência
máxima (5.500 rpm). |
Com isso, aproveita melhor
o que o motor pode oferecer.
Os leitores que compararem estes resultados aos fornecidos pela
Ford (veja na última página)
ficarão surpresos com o fato de o Focus ter-se saído melhor na
simulação que nos testes do próprio fabricante.
Há uma razão para isso: desperdiçando a oportunidade de informar
dados melhores diante dos concorrentes, que são medidos sempre
ao nível do mar, a Ford testou o Focus automático apenas no
Campo de Provas de Tatuí, SP, a 650 metros de altitude, onde a
pressão atmosférica é menor, e por extensão, também o desempenho
(saiba mais).
Para quantificar essa perda, o BCWS simulou o Focus
também na condição de maior altitude. O motor funcionou como se
tivesse 120 cv e 16,5 m.kgf, em vez de 130 cv e 17,9 m.kgf. A
velocidade máxima baixou para 189 km/h, de 0 a 100 km/h foram
precisos 14,1 s, e de 60 a 100 km/h, 8,0 s. |