

Sem se destacar em espaço
interno ou de bagagem, o Clio oferece boa posição ao volante e
acabamento coerente com a faixa de preço da versão Expression
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Dirigido com empenho para se extrair potência do pequeno motor, seu
ruído torna-se um tanto alto, irritante até. Também é notada certa
aspereza com o uso de álcool: desaparece a agradável suavidade do Clio
16V a gasolina. Ao menos a versão 1,0 teve boa calibração do
acelerador eletrônico, que não dá
trancos, ao contrário da Hi-Flex 1,6
avaliada há um ano.
Na simulação de desempenho do BCWS,
em que a condição de uso é de alta rotação (exceto nas retomadas), ele não se saiu mal: velocidade máxima de 164 km/h e aceleração de 0 a
100 km/h em 13,7 segundos — ambas com álcool — indicam um carro
relativamente ágil. Recuperar velocidade, porém, mostrou-se demorado
apesar das relações de marcha curtas, como 18,6 s para passar de 80 a
120 km/h em quinta. E o consumo foi apenas mediano: na cidade, 10,7 km/l
com gasolina e 7,5 km/l com álcool.
No restante, é o pequeno Renault bem conhecido, que tem na calibração da
suspensão um ponto positivo: consegue unir bom comportamento em curvas a
um rodar dos mais macios da categoria. Pena que o câmbio seja duro e impreciso.
Renovação discreta
Junto ao motor 1,0 flexível, a Renault implantou no Clio 2006 algumas
alterações de estilo. A expressão "cirurgia plástica" cai como uma luva,
já que os pára-choques perderam as faixas protetoras em preto e a tampa
traseira ficou mais "lisa" sem a placa de licença, ganhando no lugar um
vinco. Acima deste, o emblema da marca aloja no centro o botão para
acesso ao compartimento de bagagem. A renovação é exclusiva do modelo
brasileiro, pois o francês já passou à
terceira geração, com carroceria toda nova.
Continua |