Best Cars Web Site - Avaliação

Direito ao conforto

Compradores da Zafira agora podem ter o requinte do
acabamento CD mesmo na versão de oito válvulas

Texto e fotos: Fabrício Samahá

É uma tendência: optar por uma versão de menor cilindrada e/ou potência não mais significa abdicar de itens de conforto, conveniência e segurança. Recentes lançamentos no segmento 1,0-litro -- Palio reestilizado, Clio 16V, 206 -- já vinham apontando a regra de manter, apesar do motor menor, estilo e acabamento idênticos aos das versões de maior cilindrada. Agora isso chega à minivan Zafira, que no modelo 2002 pode ser adquirida com os acabamentos básico e CD, tanto no motor de oito válvulas quanto no de 16.

Agora são, portanto, quatro opções para o prático modelo de sete lugares da General Motors, lançado em abril último. O Best Cars Web Site avaliou a versão de oito válvulas e 116 cv, que recebe um interessante conjunto opcional: ar-condicionado, bagageiro no teto, direção eletroidráulica (de série na 16V), faróis de neblina, maçanetas e moldura da tampa traseira na cor do veículo, rodas de alumínio, alarme antifurto com ultra-som acionado a distância, luzes de leitura dianteiras e acabamento superior nos bancos, painéis das portas, carpete do assoalho e forro de teto.

O pacote custa R$ 3.781, que associados aos outros opcionais (bolsas infláveis frontais, teto solar, freios antitravamento ABS, rádio/toca-CD ou toca-fitas com disqueteira) podem elevar seu preço básico de R$ 37.725 para até R$ 48.507. A aparência da minivan ganha bastante com os novos itens, eliminando o ar algo espartano da versão básica (leia comparativo com Scénic e Picasso). O modelo 2002 traz ainda lanternas traseiras com a seção das luzes de direção incolor, em que apenas a lâmpada é na cor âmbar.

Acabamento superior, controles do sistema de áudio no volante e travamento das portas ao rodar são novidades desta Zafira em relação à anterior avaliada

A posição de dirigir adapta-se bem a motoristas de qualquer estatura, mas os pedais e as alavancas de câmbio e freio de estacionamento ficam mais baixos do que deveriam

O interior também se torna mais aconchegante, embora não haja diferenças no painel, no conforto dos bancos ou na posição de dirigir. Mesmo sendo adequada a motoristas de diferentes estaturas e com ampla visibilidade, essa posição poderia ser melhorada: os pedais ficam afundados e o do acelerador é pesado, cansando em percursos maiores. Ainda, as alavancas de câmbio e do freio de estacionamento estão baixas demais em relação à altura do assento, mesmo na regulagem inferior -- posição em que o volante deixa a desejar um ponto de ajuste mais baixo.

À parte essa desvantagem em relação ao Astra, que é primoroso na posição de dirigir, o interior da Zafira cativa pelo espaço e a funcionalidade. Mesmo os bancos adicionais traseiros podem acomodar adultos e, com seu recolhimento no assoalho, o banco inteiriço central pode ser recuado, tornando-se referência em espaço e conforto para três pessoas. Apesar de se destacar no segmento pelos sete lugares, é com cinco ocupantes que a minivan se torna mais agradável.

Há novidades na linha 2002, introduzidas como padrão em toda a linha: travamento das portas ao atingir 15 km/h, desligamento automático dos faróis, luzes de leitura traseiras e tapete dobrável para o assoalho do porta-malas também na versão oito-válvulas. A porta do motorista é destravada ao retirar a chave da ignição, mas não as demais: é preciso puxar os ultrapassados pinos ou apertar o interruptor central no painel. Um sistema como o de certos Fiats e Ford, em que a porta se destrava ao puxar a maçaneta, seria bem melhor. Continua