Best Cars Web Site - Avaliação

Scénic chega à segunda edição

Com visual atualizado
e um eficiente
motor 2,0 16V, a
minivan da Renault
aguarda as concorrentes
Zafira e Picasso

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Nada como a concorrência para movimentar a indústria automobilística! Aguardada desde meados de 1999, quando foi anunciada na Europa, a reestilização da Scénic chega finalmente ao Brasil, acompanhada de adoção de motor 2,0 16V. É a preparação da Renault para a vinda, ainda este mês, de suas primeiras adversárias, a Citroën Picasso e a Chevrolet Zafira. O Best Cars Web Site esteve na Costa do Sauípe, na Bahia, para conhecer o lançamento.

A grande novidade está na frente, onde os grupos óticos ficaram bem maiores e mais agressivos. Faróis de duplo refletor e superfície complexa (evolução pela qual carros do segmento inferior do mercado já passaram) e luzes de direção estão integrados em um só conjunto. Ao centro, duas pequenas telas substituem a antiga grade bipartida pelo capô. O resultado divide opiniões, mas deve agradar à maioria.

Além da atualização, a reforma teve o fim de identificar a Scénic como modelo independente da linha Mégane, o que se percebe também pelo quase invisível logotipo deste modelo nas colunas traseiras -- na quinta porta consta apenas Scénic. Atrás há novas lanternas, trazendo integradas as luzes de neblina, que vinham ao lado da placa, e tampa redesenhada.

No interior surgem aperfeiçoamentos como encostos de cabeça ajustáveis (os dianteiros também em inclinação), controles elétricos de vidros traseiros na parte esquerda do painel, temporizador do limpador de pára-brisa ajustável e travamento automático das portas ao rodar, que pode ser desativado pelo usuário. Continua faltando uma indicação nas portas dianteiras de que estão travadas e os comandos de vidros, tanto à frente quanto atrás, estão mais próximos dos pés que das mãos.

Faróis de duplo refletor e superfície complexa prometem eficiência bem maior; uma
gaveta sob o banco do passageiro compensa a exigüidade do porta-luvas

Apareceu mais um porta-objetos, uma gaveta sob o banco dianteiro direito (a bateria foi deslocada desse local para junto do motor), minimizando a falta de espaço do porta-luvas, e a versão RXE traz computador de bordo de série. Falta sentida é a do vidro traseiro de abertura independente da porta, conveniência que ficou restrita aos europeus. Segundo a Renault, além de possível fonte de ruídos, há quem veja nela um novo local para acessos indesejados ao veículo.

Boa notícia é a chegada do motor de 2,0 litros, duplo comando e 16 válvulas, em substituição ao oito-válvulas de mesma cilindrada. É praticamente o que equipa o Laguna, sendo mantida a oferta do 1,6 16V de 110 cv -- agora com clara distinção de potência para o 2,0, o que não ocorria antes. Passou de 115 cv para 140 cv, com o torque máximo subindo de 17,5 m.kgf a 4.250 rpm (regime um tanto alto para suas características) para 19,2 m.kgf a 3.750 rpm.

O novo motor, que será o mais potente das minivans compactas mesmo com a chegada da Zafira de 136 cv, adota tecnologia muito atual: comando de válvulas variável na admissão e tubular (em vez de fundido), acionamento de válvulas roletado (saiba como funciona), coletor de admissão em plástico. A 2.000 rpm já entrega 90% do torque máximo. Continua