Alguns detalhes tipicamente norte-americanos incomodam, como o comando de ar-condicionado pouco intuitivo (os que não lêem manuais não saberão distinguir a ventilação natural da refrigerada) e as irritantes sinetas de alerta de chave no contato, luzes ligadas e cinto desatado. Há ainda uma luz-piloto que só se apaga ao utilizá-lo. A GM deveria rever outros pontos, como a antena não-telescópica (não pode ser recolhida, um estorvo em garagens baixas ou lava-rápidos) e o comutador de farol alto/baixo que permite acendê-los já nos altos, ofuscando os demais. E faltam proteção do interior por ultrassom, luz indicadora de portas mal fechadas, estribos e temporizador dos controles elétricos de vidros e da luz interna. |
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Posição de dirigir seria melhor se os pedais não ficassem tão à esquerda e se houvesse ajuste contínuo do encosto. Atrás, assento curto e baixo compromete o conforto Dada a partida ao V-seizão de 4,3 litros e 180 cv, o som lembra de leve os saudosos V8 americanos. O câmbio automático é o mesmo dos Omegas nacional e importado (saiba mais), com mudanças suaves, mas o comportamento é todo voltado ao conforto: nada de acelerações fulminantes, que fugiriam à proposta do pickup. De 0 a 100 km/h são 11,7 segundos e a máxima fica em 173 km/h (dados de fábrica). O motor é bastante suave, pois utiliza árvore contra-rotativa para anular vibrações. A 120 km/h viaja-se a cerca de 2.400 rpm, com baixo ruído e a conveniência do controle automático de velocidade. Muito bem-vindo, aliás, pois o acelerador exige do pé uma posição incômoda e tem curso longo demais, que faz o carro parecer mais lento. Esta característica permanece desde o primeiro S10 e hoje, com a gasolina na estratosfera, parece ainda menos provável que a GM venha a modificá-la. A propósito, explorar bem esse curso faz a alegria dos donos de postos... A marca, contudo, divulga marcas bem razoáveis de 6,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada. |
Interior de automóvel, caçamba e robustez de pickup: combinação que tem seus adeptos, mas que deve ser bem analisada pelos não habituados | ![]() |
Conforto já não se
aplica à suspensão traseira, que, surpreendentemente, não
acompanhou a evolução aplicada ao Blazer na linha 2000.
A configuração de feixe de molas semi-elípticas
continua, trazendo saltos e trepidação aos passageiros,
em forte contraste com o luxo do interior. A concorrência
vem combatendo esse ônus dos pickups e já era hora de a
GM fazer o mesmo. Usuários de automóveis percebem também
o peso dos freios e o espaço de frenagem mais elevado. Já
a direção, de relação bem baixa (direta), oferece
maciez e precisão em doses adequadas. Outro aperfeiçoamento bem-vindo seria retornar à aplicação do diferencial autobloqueante (saiba como funciona), utilizado nas linhas '95 e '96, cuja falta compromete a aderência no asfalto e fora dele. Sair em curvas fechadas, como as de esquina, faz a roda traseira interna girar em falso. Em pisos de menor aderência é fácil atolar o veículo, como constatado em trecho de terra que a Palio Weekend Adventure (leia avaliação completa) havia superado sem dificuldade. |
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Rodas
e logotipos em dourado diferenciam o Executive
externamente. Comportamento Adquirir ou não um S10
Executive passa, além da questão financeira, por um
julgamento do conceito de pickup de luxo. Muitos
usuários de automóveis, levados pelo porte imponente e
posição de dirigir elevada dos utilitários -- que
conferiria "melhor domínio das ruas" --,
adquirem esses veículos não cientes de suas
características. Avaliá-los antes da compra é
indispensável para evitar arrependimentos. Se você já
é um picapeiro, contudo, o modelo de topo da GM tem
fortes argumentos para agradá-lo. Continua |
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