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Pickup de luxo

Acabamento é o destaque do S10 Executive
automático, mas a suspensão precisa melhorar

Texto e fotos: Fabrício Samahá

De veículos simples e despojados para o uso utilitário, os pickups tornam-se a cada dia mais parecidos com os carros de passeio. Os modelos de porte médio -- S10, Ranger, Dakota -- são os que melhor representam esta tendência. E a GM deu um passo à frente com o recente lançamento do S10 Executive Cabine Dupla, versão de topo equipada com itens ainda pouco comuns no segmento, como bancos de couro, ajuste elétrico no do motorista, controle de velocidade e, ainda uma exclusividade entre os nacionais, câmbio automático.

Nascida como um estudo no Salão de 1998, a versão Executive complementa a linha S10 oferecendo cabine dupla e câmbio automático, mas não tração integral
A versão nasceu como um conceito no Salão do Automóvel de 1998, com requintes como TV, vídeo, telefone com infravermelho e vidro traseiro elétrico. Esses acessórios, claro, foram deixados de lado na produção em série, mas ainda restam muitos: console de teto com bússola, termômetro do ar externo e compartimentos para mapas, óculos e controle remoto de garagens; controles elétricos de vidros, travas e retrovisores; ar-condicionado; rodas de alumínio; freios antitravamento (ABS) nas quatro rodas (veja a lista completa).

Por esse pacote pagam-se R$ 47.728 sem os opcionais (câmbio automático, controle de velocidade e toca-CD). Não é pouco, mas o concorrente mais próximo, o Ranger XLT Cabine Dupla, custa R$ 49.230, oferece 18 cv a menos, ABS apenas nas rodas traseiras e bancos de tecido -- mas tem tração 4x4 e duas bolsas infláveis de série, de que o S10 não dispõe nem como opcionais. A GM alega custo proibitivo dos componentes importados da tração.

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Linhas de 1995 permanecem agradáveis, mas o conforto interno não encontra aliado
na suspensão traseira, típica de utilitário
(clique nas imagens para ampliá-las)

O Executive guarda, externa e internamente, toda a semelhança com a mesma versão do Blazer, lançada em 1997. Por fora traz rodas usinadas e com pintura parcial em dourado, mesma cor aplicada aos logotipos e a uma faixa lateral. A moldura da grade, porém, é cromada. O resultado não é dos mais discretos, mas há quem aprecie.

No interior predomina o bom gosto, com acabamento geral adequado -- seria melhor com menos plástico nas portas --, apliques imitando madeira no console e nas portas e o logo Executive bordado nos encostos dianteiros. Levam nota 10 os pára-sóis duplos, com extensão (para proteção eficaz contra o sol pela lateral, o que todo automóvel deveria ter) e espelhos iluminados. Há também luzes no assoalho dianteiro, volante e alavanca de câmbio forrados em couro, interruptores de trava central nas portas da frente, duas tomadas de energia para acessórios e dois porta-copos.

Bancos e volante de couro, apliques imitando madeira e ajuste elétrico do assento do motorista dão ar de automóvel de luxo ao interior do pickup

É bom o conforto na frente, mas insatisfatório atrás, em função do banco baixo, assento curto e do risco que representa ao quinto passageiro viajar com a cabeça junto ao vidro. A posição do motorista é prejudicada pelos pedais deslocados à esquerda, inconveniente comum em modelos de tração traseira. O ajuste de altura do banco é feito em dois níveis, mas o do encosto é manual por alavanca, que nem sempre permite a melhor posição. O passageiro da frente também dispõe de regulagem do apoio lombar, muito útil em longos percursos. Continua

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