São três motores de geração ainda atual, mas com diferenças importantes (saiba mais). Corsa e Palio oferecem duplo comando e quatro válvulas por cilindro, contra um só comando e duas válvulas na Parati. O motor Fiat é o mais potente: 106 cv contra 100,5 cv da GM e apenas 92,5 cv da VW. Também lidera em torque máximo: 15,1 m.kgf, ante 14,8 m.kgf da Corsa e 13,9 m.kgf da Parati, mas esta o atinge em regime bem mais baixo (veja a ficha técnica). |
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Parati é
intermediária em espaço interno e no porta-malas, mas
imbatível em O 16V da Fiat é brilhante em qualquer regime, levando o carro com agilidade a partir de 2.000 rpm. Após 3.000 torna-se um convite para acelerar através das marchas, bem ao estilo italiano. O VW foi recalibrado na linha 2000, com ênfase nas baixas rotações, deixando a desejar algum ímpeto em regimes mais altos. Mas é bastante suave, como o da Palio. Esta virtude o motor GM fica devendo: demonstra mais aspereza que os demais. A Corsa é ágil em altas rotações, mas claramente mais lenta em baixos regimes que a versão de oito válvulas do mesmo motor. Pelos números de fábrica (confira), a vantagem em aceleração é da Weekend, um segundo mais rápida de 0 a 100 km/h que a Corsa e dois segundos mais que a Parati. Já a Corsa venceria por pequena margem em velocidade máxima -- difícil de acreditar, pois tem menor potência, pior aerodinâmica e câmbio menos acertado que a Palio. Em contrapartida, a perua da Fiat perde bem no consumo em cidade e estrada, em que a da GM mostra-se superior e a da VW fica em plano intermediário. O câmbio da Parati possui relações de marcha numericamente mais espaçadas entre si que os das outras peruas, o que cria sensação de pouca agilidade, mas é conveniente no trânsito. Na Corsa e na Palio o motorista precisa mudar de marchas com maior frequência, pois estão próximas entre si. Felizmente essa tarefa é agradável em qualquer delas, embora a VW avaliada tenha apresentado engate difícil da primeira em diversas situações. Engatar a marcha a ré, porém, requer o uso de travas desnecessárias na Palio e na Parati. Na Corsa o anel de trava é necessário, pois a ré estaria na mesma posição da primeira. |
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Personalização
da Weekend Sport não chega aos pneus, algo estreitos
para uma Conceitos de suspensão traseira diferem entre a Fiat e as demais (saiba mais sobre técnica), mas todas passam bem por lombadas e obstáculos das vias brasileiras. A Parati transmite impactos e ruídos do piso irregular em função dos pneus de perfil muito baixo (série 50), enquanto a Palio o faz pela firmeza da suspensão desta versão Sport. Nos dois modelos a situação melhora se o usuário optar pelas versões menos esportivas. A Corsa é satisfatória nesse aspecto. Certo desconforto, nestes casos, tem compensação no comportamento dinâmico. A Sport inclina pouco a carroceria nas curvas, embora seja a mais alta das três, e mostra-se superior a outras versões da Weekend também nas respostas ao volante. Seria ainda melhor se os conservadores pneus 175/65 dessem lugar a unidades mais largas e de perfil mais baixo, como 185/60 -- montá-los nas rodas originais não é recomendado em função da estreita tala das mesmas, apenas 5 pol. A Parati leva essa possibilidade ao extremo, empregando pneus 195/50 em rodas de 15 pol que a mantêm colada ao solo mesmo nas curvas mais rápidas. O bom trabalho da suspensão harmoniza-se com os pneus esportivos. Em último lugar fica a Corsa que, mesmo aperfeiçoada na linha '99, ressente-se de comportamento impreciso, transmitindo menos confiança ao motorista que as concorrentes. |
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Menor
por dentro, Corsa Wagon oferece porta-objetos removíveis
no assoalho Também agrada na Palio a relação de direção mais direta, que requer pouco movimento para contornar esquinas, por exemplo. Os freios de todas elas podem trazer antitravamento (ABS), mas só a Parati não utiliza discos ventilados na frente, menos suscetíveis ao superaquecimento sob solicitação contínua, como em descidas de serra. Os pneus mais largos, contudo, contribuem para as frenagens fortes pois ampliam a aderência. Em relação à segurança passiva, todas podem ser equipadas com duas bolsas infláveis, que só dotavam a Parati entre as unidades avaliadas. Mas esta VW não tinha encostos de cabeça traseiros, ausência que não deveria ocorrer nos dias de hoje. Continua |
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