Ambos de seis cilindros em V, os motores exibem características muito distintas. O Omega utiliza uma unidade bem conhecida dos norte-americanos -- embora produzida localmente na Austrália --, com bloco e cabeçote de ferro fundido, comando no bloco, 12 válvulas e 3,8 litros. Já o 300M adota um motor moderno, todo de alumínio, com comando nos cabeçotes, 24 válvulas, coletor de admissão variável e menor cilindrada, 3,5 litros. |
Esportividade do 300M transparece no motor de potência específica elevada, câmbio Autostick com operação manual e direção e suspensão mais firmes | ![]() |
O
tempero esportivo do Chrysler fica evidente na potência
atingida: 254 cv a 6.450 rpm ante 200 cv a 5.200 rpm --
ou 36% mais que o Omega em relação à cilindrada. Sua
potência específica (saiba mais) supera a de motores de duplo comando
variável como o do BMW 328i. Os dois trabalham com
grande suavidade, mas o 300M revela um ronco mais
agressivo em altos regimes. Em desempenho o Chrysler -- como esperado -- leva vantagem considerável, com 25 km/h a mais de velocidade máxima e 1,3 s a menos na aceleração de 0 a 100 km/h, de acordo com as marcas. Os dados oficiais revelam ainda índices otimistas de consumo, chegando o Omega a 12,3 km/l na estrada. Na prática, foram lidos valores entre 6 e 10 km/l nos computadores de bordo (um pouco menos no 300M), mesmo em condução suave e considerando as transmissões longas, que produzem menos de 2.000 rpm a 100 km/h em última marcha. A Chrysler poderia adotar tanque maior, pois a autonomia fica bastante limitada com o atual de 64 litros. A tração traseira do GM traz vantagens em dirigibilidade, como a ausência de reações na direção em acelerações fortes percebidas no concorrente (saiba mais abaixo). O 300M, aliás, recorre a controle de tração (desligável), sem o qual os 253 cv aplicados sem moderação resultam numa cortina de fumaça. Os câmbios automáticos têm quatro marchas e operam com suavidade e rapidez. Só o da Chrysler oferece sistema Autostick com função de mudanças manuais, similar ao Tiptronic (saiba mais), enquanto o da GM dispõe de programas econômico e esportivo. |
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Omega prioriza o conforto e revela ótima adaptação a nossos pisos, como ao passar rápido por lombadas. Traz ainda as vantagens da tração traseira |
A suspensão do Omega foi acertada com prioridade ao conforto, embora o comportamento dinâmico seja correto. Neste item, contudo, o 300M leva certa vantagem pela calibragem mais firme e os pneus Michelin 10 mm mais largos. Dirige-se o Chrysler com entusiasmo nas curvas sem se dar conta de todo seu tamanho e peso; contribuem para isso as reações mais previsíveis da tração dianteira, que o tornam mais fácil de "pilotar" para o motorista pouco habituado à traseira do GM. Como outros modelos da marca, o 300M transmite mais ruídos para o interior que o ideal, sobretudo rumores em asfalto de baixa qualidade. Pode ser efeito da suspensão de padrão europeu adotada no Brasil, que traz junto uma direção com válvulas recalibradas para maior firmeza, rodas de 16 pol e discos de freios maiores que na versão básica norte-americana. Nas manobras, porém, seu volante poderia ser mais leve. O Chrysler também não se mostrou bem adaptado a lombadas: os amortecedores dianteiros sofrem uma pancada audível, por não contarem com batente hidráulico, e raspam-se mais facilmente o fundo e um defletor plástico sob o motor. O Omega é impecável nesse aspecto, revelando o acerto de se trazer o robusto modelo australiano em vez do europeu. |
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Vantagem
do Chrysler em desempenho é sensível, como 25 km/h em
velocidade Bolsas infláveis frontais
e freios antitravamento (ABS) equipam ambos de série,
mas faltam os airbags laterais, comuns em carros médios
em outros mercados. Nos dois as portas se destravam em
caso de acidente e os cintos dianteiros são tensionados
em colisão frontal. O Chrysler fica devendo cinto de
três pontos para o quinto passageiro. Continua |
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