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Clássicos, competentes
e feitos para seduzir

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Novos Maseratis Coupé e Spyder mostram claramente
que a marca italiana, hoje da Ferrari, não está brincando

Texto: Bob Sharp - Fotos: divulgação

As linhas definidas por Giorgio Giugiaro não deixam dúvida de que sejam carros italianos em sua essência, com um quê de clássicos. Nada de radicalismo ou soluções revolucionárias. Os novos Maseratis, que substituem o cupê 3200 GT biturbo, foram feitos para quem não quer se exibir demais e pretende usar o carro diariamente -- se divertindo bastante --, mas nem por isso deixar de marcar presença.

Fica claro que a estratégia da Ferrari, proprietária da Maserati desde 1997, é revitalizar a marca e oferecer oposição à Porsche -- sem precisar produzir modelo específico que lhe ofereça combate. Com certeza aposta na tradição esportiva da Maserati, que deu o campeonato mundial de F-1 de 1957 a Juan Manuel Fangio e foi a vencedora do último Circuito da Gávea, em 1954 no Rio de Janeiro, com um modelo Sport de 2000 cm3. Foi também vencedora duas vezes da 500 Milhas de Indianápolis (1939 e 1940) e se orgulha de ter sido a única marca italiana a vencer a quase centenária prova.

Estética primorosa, desempenho exuberante: custam cerca de US$ 200 mil, mas garantem o prazer de dirigir grandes esportivos com tradição nas pistas
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O Spyder foi lançado no último Salão de Frankfurt, em setembro, e o Coupé, no de Detroit em janeiro. Nos Estados Unidos, a marca está voltando depois de 12 anos. Não se resumem em versões fechada e aberta, como ocorre normalmente: são diferentes na distância entre eixos, 22 cm menor no conversível, o que mostra as personalidades distintas de cada um. O Coupé acomoda quatro ocupantes, com bom espaço para quem vai atrás -- mais do que nos grã-turismo 2+2 --, e constitui boa opção para quem costuma andar com mais pessoas no carro do que com o acompanhante apenas, caso do Spyder.

Os coeficientes aerodinâmicos (Cx) estão de acordo com as linhas clássicas: Coupé, 0,34 e Spyder, 0,36. A capota deste conta com acionamento eletroidráulico e seu ciclo completo dura 24 segundos. Fica recolhida em compartimento dedicado, entre o habitáculo e o porta-malas de 300 litros (Coupé, 315). O estepe é temporário e precisa ser inflado por meio de bomba elétrica que faz parte do jogo de ferramentas do veículo.

Clique para ampliar a imagem A nova frente lançada no Spyder foi aplicada ao Coupé, assim como as lanternas traseiras, mas cada um possui uma distância entre eixos específica

Nesse nível de automóvel o problema é preço, principalmente no Brasil, com pesado imposto de importação (35%) e os diversos outros em cascata. O Coupé sai por US$ 192 mil e o Spyder, US$ 212 mil, dólar comercial, mais caros do que qualquer Porsche com motor de aspiração natural. O Coupé custa cerca de US$ 90 mil nos Estados Unidos. Os novos Maseratis estão ao alcance de poucos, mas o importador Via Europa espera vender 30 unidades ainda este ano e 50 em 2003, num mercado em que São Paulo representa 60%, segundo Francisco Longo, seu presidente. A julgar pelo que o BCWS viu na apresentação à imprensa, pode faltar produto.

Suas principais características são rapidez e docilidade a um só tempo. O motor V8 com bloco e cabeçotes de alumínio, 4,24 litros, duplo comando e quatro válvulas por cilindro com tuchos hidráulicos, lubrificação por cárter seco entrega 390 cv a 7.000 rpm, com torque de 46 m.kgf a 4.500 rpm. Em termos de relação peso-potência são 4,3 kg/cv no Coupé e 4,4 kg/cv no Spyder.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 23/4/02

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