Ainda assim, os ocupantes do banco traseiro devem medir até 1,75 metro se não quiserem andar com a cabeça no teto e as pernas encolhidas. A solução de banco traseiro corrediço, adotada pioneiramente pelo rival franco-uruguaio, seria bem-vinda para o Ford -- existe apenas uma segunda posição, mais vertical, para o encosto a fim de ampliar a capacidade de bagagem. Há cintos de três pontos para todos, mas não o ajuste de altura dos dianteiros, um inconveniente para quem tem estatura longe da média. |
| Formas inusitadas também no painel, com o charmoso relógio oval no centro. Poderiam existir conta-giros, marcador de temperatura e um porta-luvas de verdade | ![]() |
| O motor Zetec Rocam, que
se notabiliza pelas alavancas que acionam as válvulas
montadas sobre roletes (saiba mais), mudou a alma do Ka. O carrinho de
desempenho modesto transformou-se num miniesportivo, com
respostas rápidas e facilidade para subir de giros sem
aparentar esforço. A agilidade do motor e seu torque bem distribuído (80% disponíveis a 2.000 rpm) chegam a tornar as relações de marcha desnecessariamente curtas e próximas entre si, quando se roda só e com o ar-condicionado desligado. A Ford claramente dimensionou o câmbio prevendo a situação inversa, assim como o uso em locais de topografia severa -- as ladeiras da campanha publicitária -- e objetivando proximidade entre a rotação de potência máxima e a de velocidade final, cerca de 6.000 rpm. |
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Só quatro lugares, com espaço apenas razoável para quem viaja atrás. Mas há os importantes cintos de três pontos e um amplo porta-objetos na lateral direita |
| Com ar ligado, como todo
1.000, o Rocam requer ligeira "queimada" de
embreagem para não dar a sensação que vai apagar,
quando ela é solta em baixa rotação. A queda de
potência só se manifesta nessa situação porque,
quando se usa aceleração total, a central eletrônica
do motor corta o compressor do sistema -- recurso
bem-vindo em ultrapassagens. Mas o resto é satisfação ao dirigir, como o zunido do Rocam perto do limite de giros, e ao abastecer, com consumo declarado de 14,2 km/l na cidade e 18,7 km/l na estrada. Os engates do câmbio são corretos e aplica-se a ré como uma sexta marcha, sem travas incômodas -- e muitas vezes prescindíveis, como no Gol e Palio. O nível de ruído em velocidades de viagem, porém, fica longe do ideal, como na maioria dos concorrentes. |
| Desempenho do motor Rocam entusiasma, exceto com ar-condicionado ligado; comportamento em curva e consumo continuam destaques do Ka | ![]() |
| Uma virtude do Ka que os
outros ainda não igualaram é o comportamento dinâmico.
Graças à frente e à traseira extremamente curtas,
gerando mínimo efeito polar de inércia (saiba mais), toma as curvas como um
esportivo, proporcionando diversão mesmo aos pouco
experientes. A direção rápida e leve contribui. Por
outro lado, a suspensão não transmite robustez na
passagem por lombadas e irregularidades, além de
transmitir impactos em maior grau que alguns modelos da
categoria. O "patinho feio" da Ford conquistou seu espaço e agora, com o saudável motor Rocam, procura preservá-lo apesar da crescente concorrência. A arqui-rival GM finaliza seu minicarro, o projeto Arara-Azul, que vem colocar em xeque o Ka. A briga vai ser boa. Continua |
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