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A receita
dos motores é a mesma -- 1,8 litro, duplo comando, 16
válvulas --, mas o resultado favorece o Protegé:
desenvolve 122,4 cv, ou 6 cv a mais que o Corolla, e
entrega 16 m.kgf de torque (0,3 m.kgf a mais) em regime
800 rpm mais baixo. O motor Mazda transmite ainda menor
nível de ruído, para o que contribui o revestimento sob
o capô, e de vibração. A marca divulga uma velocidade
máxima modesta, 175 km/h, e aceleração de 0 a 100 km/h
em 12,2 segundos. Uma comparação fica impossibilitada
porque a Toyota não declara o desempenho de seu modelo.
Quanto ao consumo, é uma incógnita nos dois. Melhores
desempenho e estabilidade dão apelo Os carros avaliados utilizavam câmbio automático de quatro marchas, único disponível para o Protegé. Não oferecem seletor de programa de funcionamento ou mesmo função Hold (retenção de marchas), esta informada erroneamente pela Mazda e já endossada por uma publicação. São suaves e rápidos nas mudanças, mas muito diferentes numa característica: o do nacional visa à economia e o do importado à agilidade. No Corolla é possível
acelerar, desde que com suavidade, até sentir o toque do
botão kick-down sem que haja redução. Além
disso as marchas são mais longas -- quase 20% no caso da
quarta --, com reflexos positivos no consumo e nível de
ruído. Por outro lado, aliado ao motor de pouco torque
em baixos regimes, o câmbio passa sensação de
lentidão ao motorista, sobretudo no trânsito rápido
dos grandes centros. Corolla tem porta-malas maior e suspensão bem adequada às nossas vias, além de ótimo câmbio Já no Protegé as marchas, de relações mais curtas, reduzem-se com menor pressão no acelerador, beneficiando as retomadas. Seu câmbio tem ainda a particularidade de bloquear e desbloquear o conversor de torque (saiba mais ao lado) com freqüência, mesmo em ritmo de viagem constante, de que decorre ligeira oscilação de rotação (cerca de 300 rpm) e algum movimento longitudinal do carro, como se fosse aplicada e cortada a aceleração em pequenos intervalos. Incomoda um pouco nos limites vigentes no Brasil, desaparecendo em maior velocidade. Nessa situação o regime de giros do Corolla permanece intocável. Os dois japoneses são similares também em conceito de suspensão (McPherson em todas as rodas), mas não em comportamento dinâmico. Com a elevação em 5 cm ante o antigo modelo importado, o Toyota brasileiro mostra-se um primor de conforto e ideal para valetas e lombadas, mas deixa a desejar em estabilidade direcional e em curvas. O Mazda revela precisão e aderência bem superiores, claro que auxiliado por pneus Michelin mais largos e de perfil mais baixo (195/55 contra 185/65), sem ser desconfortável ou ruidoso em piso irregular. |
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Conveniência: Toyota oferece porta-carteira à esquerda e, como o concorrente, porta-copos escamoteável no console | Beleza e segurança: rodas de 15 pol com acabamento polido e pneus Michelin 195/55 garantem curvas e freadas seguras no Mazda |
O Corolla não conta com
antitravamento (ABS), exclusivo da versão SE-G, mas seus
freios mostram eficiência e equilíbrio como os do
Protegé, que oferece o sistema como opcional. A
direção deste, contudo, poderia ser macia em manobras
como a do Toyota. Fica uma nota positiva, enfim, à segurança passiva. Ambos vêm de série com duas bolsas infláveis e cintos de três pontos para todos os ocupantes, com pretensionador (e limitador de pressão no Mazda) para os dianteiros. Uma vantagem do carro nacional são os três encostos de cabeça no banco traseiro -- são apenas dois, e um tanto baixos, no importado. Continua |
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