O comportamento dinâmico está entre os melhores da produção nacional, não só pela aderência dos pneus (ótimos Pirellis P6000, que têm até uma borda para proteger a roda em eventuais contatos com o meio-fio), mas também pelo acerto da suspensão. Ela não tem nada diferente nesta versão, mas as molas firmes que costumamos reprovar nos outros Astras estão perfeitas para o GSi, combinadas a amortecedores de carga elevada.

O tom cinza do console é pouco para dar esportividade ao painel, que mantém a
iluminação amarelada, em desacordo com o bom trabalho feito na aparência externa

O rodar não chega a ser desconfortável, dada a proposta do carro. E, mesmo com o spoiler frontal um tanto baixo e protuberante, lombadas de qualquer perfil podem ser transpostas sem cuidado especial, o que alguns nacionais não-esportivos não permitem. Completam o conjunto mecânico grandes e potentes freios a disco, com opção de sistema antitravamento (ABS), e uma direção bem calibrada, embora pudesse ser mais leve em baixa velocidade.

Para identificar o GSi, a marca aplicou spoilers frontal e traseiro aos pára-choques, um aerofólio sobre a quinta porta e logotipos nas laterais e na traseira, além das rodas com um belo desenho que realça seu grande diâmetro. É pouco se comparado ao Kadett e ao Corsa GSi, com seus pára-choques específicos, mas já garante sua personalidade. E vale observar que outros esportivos (como os próprios Stilo e Golf) têm sido bem menos diferenciados das versões convencionais.

Onde a GM deveria ter caprichado (bem) mais é no interior. Com os mesmos painel, volante e bancos de um Astra comum, o GSi ganha apenas novo revestimento (um tanto áspero e de aparência pobre), acabamento em couro no volante e uma seção em cinza no console central. Os instrumentos mantêm a iluminação amarelada, um tanto simples -- quando a marca aprenderá a iluminar painéis com elegância? --, e os encostos não seguram bem o corpo nas curvas.

Precisamos falar mais uma vez dos puxadores das portas? O computador de bordo é dos melhores, mas o sistema de áudio e o retrovisor esquerdo podem evoluir

Nestes aspectos os adeptos do velho Kadett têm toda a razão em lamentar, já que aquele GSi -- com painel digital, volante exclusivo e até bancos Recaro --, para seu tempo, transmitia impressão muito favorável por dentro. Até mesmo o anterior Kadett GS trazia iluminação dos instrumentos em agradável tom alaranjado.

Outros pontos do Astra que podem evoluir são o sistema de áudio, com qualidade de som modesta; o banco traseiro, em que apenas o encosto é bipartido; e o retrovisor externo esquerdo, que ganharia em campo visual com uma lente biconvexa, como na Meriva. E deveria ser disponível controle automático de temperatura do ar-condicionado, como no Astra CD. Continua