Os números de velocidade máxima (203 km/h) e aceleração (de 0 a 100 km/h em 9,1 segundos) não são superlativos, mas perdem para poucos carros nacionais. A máxima poderia ser até maior se as relações de marcha fossem pouco mais longas, pois o motor ultrapassa o regime de potência máxima em 350 rpm ao atingi-la (o ideal seria coincidir os regimes). A GM parece ter optado pela agilidade em retomadas, o que é mais aceitável nesta versão do que na antiga GLS.

Spoiler frontal, saia traseira, um vistoso aerofólio: o GSi se diferencia facilmente dos outros Astras, mais do que acontece com muitos esportivos atuais

Por outro lado, não se pode deixar de imaginar como seria a reação popular -- e, melhor ainda, as reações ao comando do pé direito -- se a GM tivesse ousado um pouco e tirado da "prateleira" o motor 2,0-litros turbo de 192 cv. Produzido aqui para exportação à Opel alemã, ele provavelmente arrebataria a liderança em desempenho entre nossos automóveis. Que custaria mais caro, não há dúvida. Mas quem pode pagar -- e o motor atual poderia ser mantido como segunda opção -- teria um motivo para ficar com a GM, em uma estratégia de obter prestígio que a marca não deveria ignorar (leia editorial).

Feito para as curvas   A expectativa por um turbo torna-se ainda maior quando se coloca o GSi em seu hábitat natural: uma estrada sinuosa. Se a estabilidade do Astra já arrancava elogios desde seu lançamento, com moderados pneus 185/65-14, o que dizer deste esportivo com seus largos "sapatos" 205/55 em rodas de 16 pol? Continua

Bancos que seguram pouco em curvas, revestimento um tanto pobre, poucos itens
diferenciados: embora confortável, o interior deixa saudades do Kadett GSi