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A comparação de torque (em Nm) e potência (em kW) entre o motor antigo e o novo evidencia: os regimes de rotação subiram, mas há vantagem nítida em quase toda a faixa de operação
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Comentário técnico
> RSH e E-GAS: assim a VW denomina as maiores novidades deste motor oito-válvulas, as mesmas aplicadas em 2001 no 1,0 16V e no 1,6 do Golf. A primeira sigla identifica o acionamento indireto das válvulas com roletes (saiba como funciona), enquanto E-GAS refere-se ao acelerador eletrônico (drive-by-wire) com a chamada "filosofia torque de gerenciamento" (saiba mais).
> A taxa de compressão subiu de 10,5:1 para 10,8:1 (no 16V foi mais longe, chegando a 11,5:1). Para tanto, há sensor de detonação, que atrasa o ponto de ignição se detectar "batida de pino", e injetores de óleo lubrificante sob os pistões, que contribui para baixar sua temperatura. Este recurso surgiu na linha VW em 1988, no primeiro Gol GTi.
> O gráfico com as curvas de potência e torque (acima), que compara o motor antigo ao novo, revela onde mais se ganhou. O torque máximo subiu pouco, mas há mais força em regimes abaixo e acima desse ponto. Já a potência aumentou acima de 4.000 rpm, atingindo boa melhora acima de 5.200 giros -- regime, aliás, onde o motor antigo já entregava a potência máxima.
> Com o motor "girando" mais para atingir os picos de torque e potência, fez sentido o encurtamento em 7% do diferencial, de 4,78 para 5,13. O mesmo havia sido feito no 16V, mas em dose excessiva (saiba mais). No oito-válvulas, a velocidade máxima (declarada) de 157 km/h agora é atingida a 5.950 rpm, muito perto da rotação de potência máxima, que é de 6.000 rpm. O próprio limite de giros do motor foi bem elevado, de 6.200 para 6.900 rpm.
> Como é comum nos 1,0-litro, o motor do Gol sobe de giros com suavidade e sem maiores vibrações. O mérito é do reduzido curso dos pistões (embora este, com 70,6 mm, seja dos maiores do segmento), aliado a bielas de comprimento mais que adequado: 144 mm, mesma medida dos AP de 1,8 e 2,0 litros. Assim, a relação r/l é de 0,245, bem abaixo do valor considerado limite hoje, 0,3.
Ficha técnica

MOTOR - longitudinal, 4 cilindros em linha; bloco de ferro fundido, cabeçote de alumínio; comando no cabeçote, 2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 67,1 x 70,6 mm. Cilindrada: 999 cm3. Taxa de compressão: 10,8:1. Potência máxima: 65,3 cv a 6.000 rpm. Torque máximo: 9,1 m.kgf a 4.500 rpm. Injeção multiponto seqüencial.

CÂMBIO - manual, 5 marchas; tração dianteira. Relações: 1) 3,90; 2) 2,12; 3) 1,29; 4) 0,97; 5) 0,80; diferencial, 5,13. Regime a 120 km/h em 5a.: 4.550 rpm. Regime na velocidade máxima em 5a.: 5.950 rpm.
FREIOS - dianteiros a disco, ø ND; traseiros a tambor, ø ND.
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica (opcional); diâmetro de giro, 10,4 m.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, McPherson, mola helicoidal, amortecedor, estabilizador; traseira, eixo de torção, mola helicoidal, amortecedor.
RODAS - 5 x 13 pol; pneus, 175/70 R 13 T.
DIMENSÕES - comprimento, 3,883 m; largura, 1,621 m; altura, 1,415 m; entreeixos, 2,468 m; bitola dianteira, 1,388 m; bitola traseira, 1,384 m; capacidade do tanque, 51 l; porta-malas, 285 l; peso, 960 kg.
 
Desempenho e consumo
DESEMPENHO - velocidade máxima, 157 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 14,7 s.
CONSUMO - em cidade, 13,6 km/l; em estrada, 17 km/l.
Dados do fabricante
 
Garantia e assistência
Garantia, 1 ano sem limite de quilometragem; rede de concessionárias, 650; informações de fábrica, 0800 195775.
 
Dados do carro avaliado
Ano-modelo, 2002; pneus, Pirelli P400; quilometragem inicial, 1.200 km.

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