Coração fortalecido
A família Palio ganha um motor de
1,25 litro moderno |
|
Os maiores problemas da mecânica básica (1 litro) da família Palio, como reduzida durabilidade da correia dentada do comando de válvulas, consumo incoerente com a cilindrada (item mais criticado pelos proprietários -- saiba mais) e torque modesto em baixa rotação, estão chegando enfim a uma solução. Apresentado de início com 1,25 litro e 16 válvulas, a que se seguirá versão 1-litro no próximo ano, o novo motor Fire vem fortalecer o hatch, o sedã Siena e a perua Weekend. |
Fire é sigla para Fully Integrated Robotized Engine, mas a produção nacional menos automatizada que a européia levou a Fiat a não destacar esse significado |
Comercialmente
arredondado para cima (1,3 litro), como ocorreu com o
1,75 do Marea SX e Brava HGT que passou a 1,8, o Fire
reabre o segmento de cilindrada intermediária, um dia
ocupado pelos motores 1,3 e 1,4 da Ford, 1,4 da GM e 1,3
da própria Fiat. Com a descontinuação desses, criou-se
uma lacuna entre os 1-litro e os 1,6, que a marca agora
espera preencher. E o faz com tecnologia avançada, sendo o acelerador eletrônico (drive by wire) o ponto de destaque. Redução de peso em 20% é outro trunfo do Fire (saiba tudo sobre seus recursos no Comentário Técnico). A palavra, além de "fogo" em inglês, é sigla para Fully Integrated Robotized Engine, ou motor robotizado totalmente integrado. Como o significado se aplica melhor ao sistema de produção automatizado europeu, não foi divulgado no Brasil. |
Adesivo na traseira, soleiras entre-eixos e logotipos "Fire 16V" nos pára-lamas identificam a nova motorização de 1,25 litro |
Lançado no Punto
italiano no início de 1997, este motor é uma evolução
da conhecida unidade de 1.242 cm3 e oito válvulas,
utilizada até mesmo pela Palio Weekend brasileira quando
exportada para a Europa. Lá, mesmo com taxa de
compressão mais baixa que a do nacional, o Fire 16V
atinge 86 cv a 6.000 rpm. Para o Brasil foi
"amansado", em função das peculiaridades de
nosso tráfego -- nervoso em cidade, lento em estrada. A potência máxima obtida, 80 cv a 5.500 rpm, pode não impressionar: são apenas 10 cv a mais que o Volkswagen 1-litro de 16 válvulas, numa potência específica de 64 cv/l. O mais importante é o torque (máximo de 12 m.kgf a 4.000 rpm) e a forma como ele se manifesta: segundo a Fiat, 80% estão disponíveis já a 1.500 rpm e 90% a 2.000 rpm, permanecendo a curva quase plana até 5.000 rpm. É esse torque que faz toda a diferença em relação aos anêmicos 1-litro. |
Linhas do Palio, ainda agradáveis, permanecem até meados de 2001, quando se aproximarão das do Punto italiano |
Além de um desempenho próximo aos dos motores 1,6 de oito válvulas, com aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 12,1 segundos, o Fire teve como meta reduzir o consumo de combustível, "calcanhar de Aquiles" do motor menor da Fiat. Pelos números de fábrica, os três modelos da família -- o que é curioso, pelas características distintas de peso e aerodinâmica -- obtêm 11,9 km/l em percurso urbano e 17,8 km/l em rodoviário, este um índice melhor que o do próprio 1-litro. Pode-se esperar ainda que, pelo torque bem distribuído, o 1,25 consiga marcas mais próximas a estas no uso prático, o que não acontece com o motor menor porque o usuário tende a exigir mais do acelerador. Continua |
Avaliações - Página principal - e-mail © Copyright 2000 - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados |