Fora-de-estrada, dentro do alcance

A partir de R$ 31,2 mil, o EcoSport exibe estilo agradável,
bom comportamento e acabamento melhorável
 

Em um país com tantos buracos e lombadas nas ruas e tantos caminhos a explorar, era surpreendente que nenhum fabricante tivesse ainda oferecido um utilitário esporte (SUV) nacional que fosse compacto, eficiente e relativamente barato. O Blazer é caro, pesado e desconfortável; o Pajero TR4 também custa muito e é um 4x4 mais especializado do que a maioria precisa para tais aventuras, dentro ou fora da estrada.

Agora essa lacuna é preenchida pelo EcoSport, o pequeno SUV derivado do novo Fiesta e produzido na mesma fábrica de Camaçari, BA, que o Best Cars Web Site avaliou em evento em Manaus, AM. De porte e potência similares aos da maioria dos utilitários (veja tabela), moderno, com bom desempenho e rodar confortável, ele soma outro fator decisivo para o sucesso: preço.

O estilo robusto e moderno é um dos argumentos de venda do EcoSport. A
versão XLT, aqui mostrada com motor 1,6, vem bem-equipada de série

A versão de entrada XL, com motor Zetec Rocam Supercharger de 1,0 litro e 95 cv, custa a partir de R$ 31.190. Vem de série com direção assistida, ajustes em altura do volante (inédito na linha Fiesta) e do banco do motorista, conta-giros, aquecimento, banco traseiro bipartido (incluindo o assento), imobilizador e pneus 205/65-15 -- um tanto largos para o motor, certamente escolhidos pela aparência.

Com ar-condicionado esse EcoSport vai a R$ 33.390, mas não oferece controle elétrico de vidros e travas, um inconveniente. Outros opcionais são bolsa inflável para o motorista, rádio/toca-CDs e uma "minigeladeira" no painel, ligada ao ar-condicionado. Com motor de 1,6 litro e 98 cv, também Rocam mas sem compressor, o preço do XL começa em R$ 35.590.
 

O interior, similar ao do Fiesta, deixa a desejar na qualidade dos materiais e
de montagem. Os largos pneus 205/65-15 equipam até a versão de 1,0 litro

A versão intermediária XLS vem apenas com o 1,6 e traz mais equipamentos de série: ar-condicionado, controle elétrico de vidros, travas e retrovisores, faróis de neblina, terceira luz de freio. O preço é de R$ 37.990 e entre os opcionais estão bolsa inflável, toca-CDs e acendedor de cigarros. A de topo, XLT, pode ter tanto o 1,6 (a R$ 40.360) quanto o Duratec de 2,0 litros, 16 válvulas e 143 cv, o mesmo do novo Mondeo (a R$ 47.590).

O pacote da XLT é bem-equipado: rodas de alumínio, bolsas infláveis frontais (a do passageiro assume o espaço da "minigeladeira"), freios antitravamento (ABS, apenas com motor 2,0) e pintura dos pára-choques, frisos e retrovisores na cor da carroceria. As opções são revestimento em couro (R$ 2.000), toca-CDs e... protetor de cárter. Os preços deixam as versões 1,0 e 1,6 praticamente em um segmento exclusivo: em preço, comparam-se apenas o Suzuki Ignis (menor e menos potente) e a perua Palio Adventure, que também não têm tração integral. Continua

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Data de publicação: 22/2/03

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