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Evolução por inteiro

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O Mondeo transforma-se num sedã sofisticado, de
comportamento primoroso e muito desejável

Texto e fotos: Fabrício Samahá

Quando a Ford lançou o Mondeo, em 1993, havia investido fabulosos seis bilhões de dólares em uma nova fábrica em Genk, na Bélgica, e no projeto de uma linha de sedã, hatchback e perua médio-grandes para suceder à família Sierra. Apesar dos bons resultados em espaço interno e qualidades mecânicas, a recepção ao carro teve ressalvas: houve quem descrevesse seu desenho como "vários modelos japoneses misturados por um supercomputador Cray", como os usados na indústria automobilística.

Apenas três anos depois, a Ford efetuava uma ampla reestilização para reverter esse quadro, aplicando ao Mondeo as curvas e ovais característicos da tendência seguida à época pela marca. Em termos de personalidade, houve um ganho sensível: não havia mais automóveis que se confundissem com ele. No entanto, aquele estilo ousado sempre dividiu opiniões -- até que, no Salão de Paris de 2000, o Mondeo de segunda geração foi apresentado.

Apesar de semelhante a outros modelos europeus em vários ângulos e detalhes, o Mondeo ganhou muito com a remodelação efetuada em 2000 na Europa, que só este ano chegou ao Brasil
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Mais de um ano se passou até que, esgotados os estoques do modelo antigo, a Ford trouxesse ao Brasil o novo Mondeo. A versão Ghia com novo motor Duratec HE, de 2,0 litros e 143 cv, é a única agora oferecida, com opção apenas entre câmbio manual (US$ 29.820) e transmissão automática (US$ 31.226, em torno de R$ 90,5 mil à cotação de R$ 2,90). Os preços são atraentes diante do Passat 1,8 turbo Tiptronic (150 cv, US$ 42.467), por exemplo, mas o Citroën C5 2,0 (138 cv) automático sai por R$ 64.940, vantagem considerável. O francês é mesmo uma pedra no sapato de muita gente, já que mesmo sua versão V6 3,0 automática custa R$ 92.320.

Nossa primeira reação, ao saber que o exuberante motor V6 de 2,5 litros e 170 cv não mais seria oferecido no Mondeo, foi de certa decepção. Segundo a empresa, as linhas Volvo e Jaguar agora complementam sua oferta nos segmentos superiores, já que ambas pertencem ao Grupo Automobilístico Premium (PAG) da Ford, juntamente com Aston Martin, Lincoln e Land Rover. Mas bastou pôr as mãos no Ghia 2,0 para acabar com qualquer desilusão.

Clique para ampliar a imagem Apenas a versão Ghia, com motor 2,0-litros de 143 cv, é oferecida. Mas, tanto em requinte quanto em desempenho, atende plenamente ao que se espera de um sedã de seu porte e preço

Para começar, o resultado estético é dos melhores. O Mondeo ficou elegante e moderno, sem recorrer a soluções discutíveis como na versão anterior. Os belos faróis de duplo refletor com superfície complexa, as amplas lanternas traseiras triangulares (cujas lâmpadas halógenas se acendem no formato de um anel), a combinação de curvas e ângulos, as rodas de 16 pol de aro com pneus 205/55 de banda de rodagem assimétrica (saiba mais) se somam para um estilo irrepreensível.

Se há uma crítica, ela nos remete ao primeiro modelo: muitos detalhes confundem-se com os de outros carros -- só que agora europeus. A silhueta do porta-malas lembra o Passat; a silhueta da frente, o Bora; as colunas traseiras bastante inclinadas, o Volvo S60; e as lanternas posteriores, alguns Mercedes-Benz.
Continua

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Data de publicação deste artigo: 9/7/02

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