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Beleza é fundamental

E o Dakota ainda traz um dos melhores motores diesel
do mercado -- mas alguns pontos podem melhorar

Texto e fotos: Fabrício Samahá

O diesel está em alta. Com o preço da gasolina na estratosfera e os caminhoneiros segurando o do óleo num patamar mais razoável, não há quem não veja esse combustível com bons olhos ao procurar um picape. Nesse contexto, a versão Turbodiesel do Dodge Dakota, lançada no ano passado, sai com uma vantagem sobre a maioria dos concorrentes: um motor moderno, potente e de funcionamento suave, dos melhores da categoria.

Estilo é mesmo um destaque do Dakota, sobretudo na versão Sport. Mas o desempenho e baixo ruído do motor turbodiesel cativam
Pela economia no abastecimento, porém, não se paga pouco. O motor diesel só equipa o acabamento Sport, com cabine simples ou estendida (dupla, só na linha 2001). A versão avaliada, simples, custa R$ 44.370 e a estendida R$ 47.580. Os equipamentos mais desejáveis são de série, sejam de conforto (como ar-condicionado, controles elétricos de vidros, travas e retrovisores), segurança (freios traseiros com antitravamento ABS, não disponível nas rodas dianteiras; duas bolsas infláveis e faróis de neblina) ou aparência (rodas de alumínio).

As linhas agressivas e imponentes, com a ampla grade e o capô bem mais alto que os pára-lamas, continuam um destaque do Dakota. O interior da versão Sport é bem acabado e agradável. O banco é tripartido, ou seja, com ajustes de distância e encosto separados para motorista e cada um dos passageiros (o central é fixo).

Só o logotipo nos pára-lamas identifica a versão diesel. Interior é bem acabado e tem banco tripartido, mas poderia haver ajuste lombar e de altura do assento. Bolsa inflável do passageiro tem chave para desligar

O banco do motorista tem espaço razoável para ser afastado, mas faltam as regulagens de apoio lombar e de altura, pois fica um pouco baixo. Somado aos enormes retrovisores, chega a criar pontos cegos na visibilidade dianteira, como em esquinas. Condutores de menor estatura sentirão ainda mais o problema, que exige revisão pela marca. O comprimento do assento poderia ser menor para melhor movimentação das pernas.

Como é comum em picapes, o painel inclui manômetro de óleo e voltímetro -- mas não o manômetro de turbo --, com fácil leitura como os demais instrumentos. É fácil o acesso aos comandos, mas o de ar-condicionado poderia ser mais intuitivo (poucos no Brasil lêem manuais). O interruptor de ignição tem o contorno iluminado, conveniente ao dar partida à noite. A propósito, há temporizador da luz interna, lâmpadas de leitura e até a rara iluminação do cofre do motor. Decepcionante é não dispor de um singelo espelho de cortesia no pára-sol direito -- existe no S10 básico, por exemplo.

As únicas opções são a cabine, simples ou estendida. Todos os equipamentos, bolsas infláveis incluídas, vêm de série -- mas o preço acompanha

Entre as conveniências do Dakota Sport estão travamento das portas à distância -- curiosamente o feito pela chave não é centralizado, podendo-se esquecer a porta do passageiro destrancada --, interruptores de trava central em ambas as portas, vidro do motorista com função um-toque para descida, tomada de energia 12 volts no painel (além do acendedor de cigarros), aviso de cinto não-atado, porta-moedas, temporizador regulável do limpador de pára-brisa e porta-copos escamoteável sob o banco central. A possibilidade de desligar a bolsa inflável do passageiro permite o transporte de crianças sem riscos, além de evitar seu disparo e reposição quando o motorista dirige sempre só. Continua

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